Índia e Uganda assinaram no dia 03 de março um memorando de entendimento para a manutenção da frota de caças Sukhoi Su-30MK2 da Força Aérea Ugandense. Os serviços de manutenção serão realizados pela estatal indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), que fabrica o Su-30MKI sob licença da fabricante russa.
Segundo o portal The Independent, o acordo foi assinado no Alto Comissariado da Índia em Kampala. O país africano foi representado pelo Tenente-General Charles Lutaaya, Comandante da Força Aérea das Forças de Defesa do Povo de Uganda (UPDF).
Historic India-Uganda MoU signed at Kampala for Su-30 maintenance & technical support by HAL, India. First major defence agreement with Uganda following PM Modi's unveiling of '10 Principles of India-Africa Engagement' in Ugandan Parliament on 25 July 2018. pic.twitter.com/kP5jzPCYvz
— India in Uganda (@IndiainUganda) March 3, 2022
No Twitter, o Alto Comissariado afirmou que este foi o primeiro grande contrato de defesa entre os dois países, desde de que o primeiro-ministro indiano Narendra Modi apresentou os “10 Princípios de Engajamento entre Índia e África” em julho de 2018.
A UPDF adquiriu seis caças Su-30MK2 em 2010, num contrato de US$ 635 milhões assinado com a exportada militar estatal da Rússia, Rosoboronexport. As duas primeiras aeronaves chegaram ao país em 2011 e as entregas foram concluídas no ano seguinte. O modelo é similar aos Su-30 usados pela Venezuela, Indonésia e Vietnã.
Os caças receberam as matrículas AF 011, AF 015, AF 019, AF 023, AF 027, AF 031 e são operados a partir da base aérea de Entebbe, cidade que já foi capital de Uganda. Em 2011, o AF 015 fez um pouso de barriga na mesma base, sofrendo danos na fuselagem.
Conforme o portal, os detalhes financeiros do acordo permanecem em segredo. No entanto, a parceria dos dois países tem levantado debate entre os analistas militares sobre o futuro dos Sukhois de Uganda.
O Tenente-Coronel Ronald Kakurungu, porta-voz da UPDF, disse que os Su-30MK2 foram usados para bombardear campos das Forças Democráticas Aliadas (ADF) em novembro de 2021, no início da caça aos militantes da ADF na República Democrática do Congo na Operação Shujaa (herói em suaíli).
O oficial se recusou a comentar onde mais Uganda o país teria empregado os caças de origem russa.
A Missão da União Africana na Somália (AMISOM) é a empreitada militar onde Uganda está mais envolvida atualmente, em seu décimo quinto ano de operação.
Embora seja essencialmente uma missão de paz, as tropas ugandenses muitas vezes se envolveram em ações ofensivas para lidar com os terroristas Al Shabaab em ataques de retaliação em Mogadíscio, capital da Somália, e outras partes do país do Chifre da África.
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