Infraero recicla mais de 40 mil m³ de água por ano

Aeroporto Santos Dumont Rio de Janeiro ALTA
Foto: Infraero/Reprodução

Nesta quinta-feira, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água, data instituída pela ONU em 1933. O tema deste ano é “A resposta está na Natureza”, questionando como podemos usar a natureza para superar os desafios da água para este século.  E os aeroportos da Infraero têm se mostrado afinados com esse tema.

No total, a empresa já recicla mais de 40.000 m3 de água por ano através de soluções visando o uso racional de recursos hídricos, com o aproveitamento de água de chuva, do sistema de ar condicionado, reúso de águas cinzas e o reaproveitamento da água dos testes diários dos Caminhões Contra Incêndio. A economia gerada com essa ações é suficiente para abastecer uma cidade com 4 mil residências, por um mês inteiro.

O presidente da Infraero, Antonio Claret de Oliveira, explica que de Norte a Sul do país, os exemplos de ações sustentáveis e a busca por fontes alternativas de água na Infraero se multiplicam, resultando na preservação dos recursos hídricos. Para ele, mais do que a redução de custos, o uso racional e sustentável da água demonstra a preocupação da empresa com as gerações futuras. “A água é essencial para a vida, um bem universal que ultrapassa e dissolve fronteiras. Nesse sentido, para transformar a realidade hídrica mundial, de modo que futuras gerações tenham água em abundância, é fundamental desenharmos o mundo que queremos buscando mais soluções e práticas que visem a sustentabilidade. E é isso que estamos fazendo”, destacou.

O superintendente de meio ambiente da Infraero, Fued Abrão, comenta que a gestão hídrica faz parte da cultura da Infraero. “Para garantir uma gestão mais eficiente, a Infraero vem nos últimos anos tomando decisões que priorizam não só o reuso mas também o uso consciente da água”, lembrou Fued. “Ao mesmo tempo que estamos satisfeitos com nossos resultados, estamos atentos as novas soluções disponíveis no mercado. O mesmo se aplica a pesquisas acadêmicas que possam ser compartilhadas e internalizadas aos nossos processos”, concluiu.

Confira as principais medidas tomadas pela empresa com o objetivo de usar a água de forma mais racional:

 

Aproveitamento de água de chuva

O incentivo a captação de água de chuva já é uma realidade nos aeroportos da Infraero desde 2007. Essa água é reaproveitada nas descargas das bacias sanitárias, na limpeza de piso, no combate a incêndio em edificações, para o abastecimento de caminhões de combate a incêndio e até mesmo em lagos artificiais.

O Aeroporto Santos Dumont (RJ) é o mais antigo no aproveitamento desse recurso e os últimos terminais a implementarem a medida foram os aeroportos de Goiânia (GO) e de Curitiba (PR).

Até março deste ano, a economia estimada nos Aeroportos de Curitiba, Goiânia, Santos Dumont, Campina Grande (PB), Congonhas (SP), Maceió (AL), Uruguaiana (RS), São José dos Campos, Belém (PA), Cruzeiro do Sul (AC) e Carajás (PA), é superior a 17 mil m3/ano.

Além dos aeroportos, no Edifício da SEDE da Infraero, em Brasília (DF), boa parte da água da chuva é reaproveitada para irrigação, lavagem de piso e algumas atividades de limpeza.

 

Aproveitamento da água do ar condicionado

O Aeroporto do Recife foi o pioneiro a captar a água que pinga do sistema central de ar condicionado. Com a coleta, o aeroporto abastece as bacias sanitárias do terminal de passageiros e do edifício garagem desde 2004. Os aeroportos de Goiânia e Curitiba também estão afinados com essa solução e, desde 2016, abastecem parcialmente as bacias sanitárias dos novos Terminais de Passageiros. A economia estimada com essa ação é de cerca de 5 mil m3/ano.

 

Reuso de águas cinzas

Os novos terminais de passageiros dos aeroportos de Goiânia e Curitiba também são destaque na categoria reuso de águas cinzas desde 2016, tratando a água proveniente de pias e ralos, chuva e torres de resfriamento do sistema de ar condicionado. Esses aeroportos contam com Estação de Tratamento e Reuso (ETR) que possuem sistemas de clarificação e desinfecção da água, garantindo que ela tenha um aspecto agradável, sem cor e sem cheiro. E produzindo, no final, cerca de 6.000 m3/ano de água para uso nas bacias sanitárias.

Com a medida, o terminal goiano alcançou uma economia de 8,15 mil m³ de água em 2017. Esse volume é capaz de abastecer 55 residências com 4 pessoas durante todo o ano. Além de reduzir o consumo de água, o Santa Genoveva alcançou uma economia na fatura de água de mais de R$ 136 mil reais, e desconsiderados os custos operacionais, a economia final foi de R$ 95,7 mil no ano passado.

O novo terminal de passageiros do Aeroporto de Vitória/Eurico Aguiar Salles (ES), que será entregue até o fim do mês, também contará com uma ETR para tratamento de água da chuva e águas cinzas.

 

Reaproveitamento da água dos testes diários dos bombeiros

A ação começou no Aeroporto de Campina Grande (PB), em 2012. Inserido no agreste paraibano, entre a Zona da Mata e o sertão, onde a água é um recurso escasso, o aeroporto tem buscado reaproveitar cada volume.

Através do pioneirismo no reaproveitamento da água dos testes diários dos caminhões contra incêndio, o aeroporto paraibano reduziu significativamente o seu consumo anual de água, mesmo com o aumento de movimentação de passageiros, e deu a largada em uma ação que hoje já abrange 10 outros aeroportos.  Nas Seções Contra Incêndio (SCI) dos aeroportos da Infraero, são realizados testes diários dos Caminhões Contra Incêndio (CCI). O consumo depende do tempo de acionamento dos canhões de água dos veículos.

Para o cálculo do consumo por teste diário, utiliza-se o tempo de 4 segundos de teste em cada canhão. São 162 caminhões que consomem, em 4 segundos, 49.819 m3/ano se não houver reaproveitamento. Mas nos aeroportos de Campina Grande, Curitiba, Foz do Iguaçu, Petrolina, Recife, Vitória, Juazeiro do Norte, Marabá, Palmas e Santos Dumont, onde já está instalada a solução para o reuso de água dos CCIs, estima-se uma redução de consumo mínima de 11.724 m3 por ano nestes testes diários.

O mais recente terminal a implantar a solução de reaproveitamento de água nos testes dos bombeiros foi o Aeroporto de Palmas/Brigadeiro Lysias Rodrigues (TO). No caso do terminal tocantinense, a medida gera uma economia diária de 2250 litros de água e cerca de R$ 2,7 mil mensais.

 

Equipamentos mais eficientes

A modernização de equipamentos faz parte da cultura da Infraero e, desde 2004, a tecnologia das bacias sanitárias dos aeroportos de Recife e do Santos Dumont é específica para coleta de esgoto a vácuo, o que permite a esses aeroportos consumirem apenas 1,2 litros por descarga ao invés dos tradicionais 6 litros.

Além disso, a Infraero implementou a utilização de mictórios a seco, ou seja, sem nenhum consumo de água, em várias áreas dos aeroportos Santos Dumont, Congonhas e Campo de Marte. Deixando de utilizar essa água, a Infraero deixa disponível para as concessionárias locais, água para mais 2,6 mil residências da vizinhança dos aeroportos, por um mês inteiro.

 

Via – Infraero

 

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