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Iraque confirma compra de caças JF-17 do Paquistão, e Argentina demonstra interesse na aeronave

A compra de aviões de combate JF-17, fabricados em colaboração entre Paquistão e China, foi confirmada pelo ministro da Defesa do Iraque, Juma Inad. Ao todo serão 12 caças JF-17 vendidos para o Iraque, que deseja reforçar 

Todas as aeronaves serão do modelo Block III, entregues nos próximos anos e fabricadas pelo Complexo Aeronáutico do Paquistão (PAC). O país utilizar os caças principalmente contra ataques de terroristas realizados por drones.

Já o site argentino Zona Militar aponta que as negociações com a China, que também participa do projeto, para comprar caças JF-17 estão avançando, após o embaixador argentino, Sabino Narvaja, se reunir com o vice-presidente da China National Aero-Technology Import & Export Corporation.

Apesar da Argentina negar interesse em comprar os caças, pelo menos desde 2020 a China negocia a aquisição de um lote com 12 caças PAC JF-17A/B Bloco III. Uma visita à China de delegações da Forças Armadas Argentinas acontecerá em março deste ano, possivelmente para alinhar detalhes técnicos da aquisição.

A compra desse lote é avaliada em US$ 664 milhões.

Primeiro voo do JF-17 Block III, em dezembro de 2015.

Desde que a Força Aérea Argentina aposentou os caças Mirage em 2015, o país vem tentando adquirir aeronaves de combate supersônicas para atuar nas missões de defesa aérea, que hoje são realizadas por poucos A-4AR Fightinghawk.

Todavia, as tratativas acabam esbarrando no bloqueio britânico, por conta dos conflitos pelas Ilhas Falklands/Malvinas, em 1982, onde o Reino Unido saiu vitorioso. No ano passado, o governo britânico bloqueou, definitivamente, a compra de aeronaves KAI FA-50, da Coreia do Sul, pela Argentina.

 

O caça paquistanês JF-17

O JF-17 é um caça desenvolvido pelo Paquistão em conjunto com a China (que o designa FC-1), onde os paquistaneses detém 58% da fabricação das peças e a China os 42% restantes.

O motor é o Klimov RD-93 de origem russa, baseado no RD-33 usado no MiG-29 Fulcrum e demais caças da família, capaz de impulsionar o caça à velocidades próximas de Mach 1.8 (cerca de 2205 Km/h).

A aeronave pode empregar uma série de mísseis ar-ar e ar-solo, bombas guiadas, pods e sensores e está operacional nas forças aéreas do Paquistão, Nigéria e Myanmar. 

Caças JF-17 Thunder. Foto: Força Aérea Paquistanesa.

O JF-17 tem sete pontos-duros para carregar armamentos como mísseis ar-ar de longo alcance, bombas guiadas ou convencionais, mísseis anti-navio e anti-radar. O míssil anti-radar brasileiro MAR-1, da Mectron, seria integrado ao caça, mas seu projeto foi cancelado. O caça também é armado com um canhão de cano duplo GSh-23-2, de 23mm.

O JF-17 foi criado com foco o mercado de caças supersônicos leves, como o F-16 da Lockheed Martin e o Gripen E da Saab. O caça não teve sua geração ou muitos dados declarados abertamente, mas pela ajuda da China na parte tecnológica e um radar do tipo AESA, cogita-se que ele é 4+, assim como seus concorrentes.

A vantagem de um caça como esse é o custo de operação baixo, em comparação com aviões de combate maiores.

 

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Militar, Notícias

Tags: Argentina, caça, Defesa, Iraque, JF-17, Paquistão, usaexport