O Ministério da Defesa do Japão estaria considerando o uso de aeronaves não-tripuladas para realizar a detecção e alerta antecipado de mísseis hipersônicos. A ideia foi revelada pelo Ministério no dia 07 de agosto, aponta o portal japonês Sankeibiz.
A grande vantagem de mísseis hipersônicos é a sua altíssima velocidade, podendo ultrapassar Mach 5, o que atrasa a sua detecção e dificulta sua interceptação por meios convencionais. A Rússia já emprega o Kh-47M2 Kinzhal, bem como o HGV (Hypersonic Glide Vehicle) Avangard, que pode ser lançado a partir de mísseis balísticos. A China, vizinha do Japão, revelou em desfile militar o míssil balístico de médio alcance DF-17, que também pode carregar HGVs como o Avangard.
A pasta de Defesa japonesa estaria considerando a criação de uma rede de aeronaves não-tripuladas para detectar de forma antecipada uma arma hipersônica. Os drones seriam equipados com sensores infravermelho e operariam em uma fração de espaço aéreo mais perto do inimigo, com os dados obtidos sendo repassados para uma estação em solo. Detectando o míssil antes, a interceptação subsequente, ou uma possível evacuação da área a ser atingida, pode ser bem-sucedida.
A vantagem no uso de drones, um equipamento cada vez mais presente nas forças armadas no mundo todo, está no seu custo e o fato de não custar uma vida no caso de perda em combate.
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Segundo o portal, a verificação da tecnologia foi completada no primeiro ano da Era Reiwa, cujo início se deu em maio de 2019. O Ministério também estaria realizando pesquisas para sistemas de detecção antecipada a partir de embarcações, bem como a criação de uma constelação de pequenos satélites operando na baixa órbita terrestre, atuando como contramedidas para mísseis hipersônicos, criando, assim, uma rede de defesa com múltiplas camadas.