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Jatos A-10 operam em leito de lago usado como pista de Ônibus Espaciais

Jatos de ataque A-10 Thunderbolt II da Força Aérea dos EUA (USAF) operaram a partir do leito seco do Lago Rogers, na Califórnia. O treinamento, realizado em 27/06, reuniu quatro aviões no lago seco, que faz parte das instalações da Base Aérea de Edwards. Este era um dos lugares usados para o pouso dos antigos Ônibus Espaciais, aposentados em 2011. 

O exercício no lago seco faz parte da implantação da doutrina ACE (Agile Combat Employment) da USAF, onde aviões e suas equipes operam de locais com condições adversos e de maneira dispersa. 

Para o treinamento, o 412º Esquadrão de Apoio a Operações da base de Edwards recebeu quatro jatos de ataque ao solo A-10C, também chamados de Warthog, da 355ª Ala da Base Aérea de Davis-Monthan, Arizona. Uma pequena equipe do 821º Esquadrão de Resposta de Contingência, da Base Aérea de Travis, Califórnia, também participou do exercício ACE. 

“O ACE é a maneira mais rápida de fazer as coisas. Você tem um gerente de aeródromo que pode fazer upload e download de aeronaves e falar com aeronaves do solo para que você possa ter uma equipe de 10, 15, 20 homens fazendo o trabalho de 100 ou 150 homens, com uma pegada muito menor”, disse o Sargento Jordan Whitworth, do 412º Esquadrão de Apoio.

Foto: Giancarlo Casem/USAF

“Assim, podemos pousar no leito de um lago ou em uma área plana no meio do nada, montar, começar a aterrissar em algumas horas e decolar antes que alguém perceba que estávamos lá.”

Recentemente, aviões A-10 também participaram de outro treinamento ACE, pousando e decolando de uma estrada ao lado de outros aviões de operações especiais. 

Ameaças adversas às operações da Força Aérea em bases avançadas podem negar a projeção de poder dos EUA, sobrecarregar as doutrinas tradicionais de defesa, impor perdas proibitivas e levar ao fracasso de missões conjuntas. Para enfrentar esses desafios, o ACE transfere as operações de infraestruturas físicas centralizadas para uma rede de locais menores e dispersos ou bases conjuntas.

Foto: Giancarlo Casem/USAF

O leito seco do lago Rogers foi o centro das atenções durante o treinamento. O leito do lago é o marco natural mais proeminente da Edwards AFB e, com cerca de 168,3 quilômetros quadrados, é visível a milhares de metros a partir do céu.

O barro endurecido do lago seco é capaz de suportar cerca de 250 psi. Dessa forma, o leito serviu de pista para os Ônibus Especiais e aviões experimentais dos EUA como o Bell X-1, primeira aeronave supersônica, e o hipersônico North American X-15, aeronave-foguete mais rápida do mundo. O Lago Rogers recebeu 23 pousos de Ônibus Espaciais.

Columbia Ônibus Espacial pouso leito Lago Rogers
Ônibus Espacial Columbia pousando no leito do Lago Rogers durante a missão STS-1 em 1981. Foto: NASA.

Ainda assim, os militares avaliaram as condições do leito seco antes da operação com os A-10C. “Pousamos os quatro A-10 a partir de várias aproximações para verificar se temos a capacidade de integração com esquadrões de caça e de ataque”, disse o Sargento Denver Davis do 821º Esquadrão de Resposta.

“Edwards nos dá a oportunidade perfeita de usar um leito de lago seco que já está sendo usado para uma instalação de teste. Podemos implementar esses conceitos em um ambiente seguro com instalações próximas.”

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias, Notícias

Tags: A-10, Lago, Treinamento, usaexport