Justificando um acordo com credores de empresas de leasing, o Grupo LATAM foi à corte de falências de Nova York para encerrar uma negociação sobre contratos de arrendamento de aeronaves, após os demais credores não aceitarem um acordo de US$ 1,4 bilhão proposto pela aérea.

Os credores apontaram que o montante não atendia ao valor proposto, considerando a correção com juros e inflação da dívida no período. Já os outros credores da aérea alegavam que o valor proposto estava inflado em excesso com juros irreais, e pediu auxílio judicial para encontrar uma solução, visto que a LATAM foi teoricamente conivente ao incorporar o valor ao plano de recuperação judicial.

Na justiça, a LATAM negou que o acordo com empresas de leasing foi feito para reforçar o apoio ao seu plano de recuperação judicial por parte dessas.

O banco chileno Estado está entre os credores reclamantes, que se opõem ao Plano de Recuperação Judicial apresentado pela companhia, alegando beneficiar somente a própria e alguns credores. Em nota o banco disse que os dois contratos de arrendamento valem cerca de US$ 700 milhões, ante a proposta de US$ 1,4 bilhão para quitar seu passivo com as empresas de leasing.

O caso foi julgado pelo juiz James Garrity Jr., e o resultado será publicado até sexta-feira (28) desta semana. Durante a longa audiência Garrity ouviu todas as partes, incluindo os credores reclamantes, e representantes das empresas de leasing.