A Alemanha está prestes a se tornar a mais nova cliente do caça stealth F-35 e a Lockheed Martin está acelerando para fechar o contrato. Os novos caças “invisíveis ao radar” vão substituir os antigos aviões de ataque Panavia Tornado IDS.
Falando com jornalistas no salão ILA Berlim nesta quarta-feira (22), JR McDonald, vice-presidente de estratégia e desenvolvimento de negócios do F-35, disse que “Estamos correndo agora para tentar entender os requisitos alemães.”
A escolha do F-35 pela Luftwaffe (Força Aérea Alemã) foi, na verdade, uma reviravolta. Berlim queria adquirir o F/A-18 Super Hornet e EA-18G Growler para substituir os veteranos Tornados.
No entanto, a compra dos aviões da Boeing esbarrou no acordo de compartilhamento nuclear da OTAN: os F/A-18 não foram certificados para carregar as ogivas nucleares dos EUA.
Em meio às tensões na Europa por conta da ameaça russa e uma frota de aviões prestes a ser aposentada, a Alemanha acabou indo de F-35. Os aviões serão da versão Block 4, mais nova e que incorpora uma série de atualizações de sistema.
Agora a Lockheed marcha em passo acelerado para assinar o contrato e começar a produção dos aviões. Segundo o Aerotime, McDonald diz que a Lockheed está tentando definir quantos F-35 a Luftwaffe precisa, para quando precisam, que treinamento precisam e quais armas querem como parte do contrato.
O executivo ainda disse que a empresa esperava ter sua documentação pronta até o outono, quando então voltaria ao governo alemão para aprovação.
“É uma linha do tempo muito mais acelerada do que estamos acostumados a ver”, disse McDonald. Apesar da pressão sobre a Alemanha para aumentar seus gastos e capacidades de defesa por causa da guerra na Ucrânia, McDonald diz que não haveria “furos na fila” de entregas do avião.
A Lockheed pretende entregar até 153 F-35 em 2022, com uma taxa de produção de 12 a 13 aviões por mês. Até agora, cerca de 810 caças F-35 já foram entregues. McDonald observou que apenas no ano passado, quatro países selecionaram o F-35 como seu novo caça, totalizando mais 223 aviões. Além disso, o executivo disse que a previsão é que mais de 550 F-35 estejam em operação na Europa até 2035.
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