A Lufthansa sinalizou neste final de semana que suspenderá a sua operação de voos para Kiev e Odessa. As últimas operações foram realizadas neste final de semana, para retirada de pessoas da Ucrânia.
O único voo mantido para a Ucrânia, na malha do Grupo Lufthansa, é para Lviv, uma cidade localizada no oeste do país e que no momento está servindo como local de embaixadas de alguns países. As frequências de operação estão reduzidas, mesmo para atender Lviv.
A Lufthansa disse à imprensa que está constantemente monitorando a situação e decidirá sobre novos voos posteriormente. No sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse a seus cidadãos que deixassem o país.
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Com a ameaça de um conflito armado a qualquer momento, envolvendo Ucrânia e Rússia, várias companhias aéreas estão receosas de manter as suas operações.
Na última semana a KLM anunciou o cancelamento dos seus voos para o país do leste europeu. Empresas de arrendamento de aeronaves também seguiram no mesmo rumo, e ameaçaram suspender o seguro dos aviões que operam na Ucrânia.
A situação de conflito segue indefinida, com extensas ameaças de ambos os lados e intensa atividade de grupos separatistas no leste ucraniano, causando quase uma situação de guerra civil.
O governo ucraniano declarou na semana passada que destinou US$ 592 milhões para as seguradoras das aeronaves. A meta era permitir que os voos sejam realizados no país ao menos para a cidade de Kiev.
Caso MH17
O cancelamento de voos pelas companhias, e receio até das empresas de leasing, é devido aos recentes casos de abate de aeronaves civis por forças militares.
Em 2014 tivemos o abate do voo MH17 da Malaysia Airlines no Leste da Ucrânia pelos separatistas pró-Rússia, que utilizaram um míssil terra-ar (BUK) para abater o avião. 298 passageiros morreram imediatamente com a queda da aeronave que voava de Amsterdã para Kuala Lumpur. Cerca de 198 cidadãos holandeses estavam nesse voo.
Mais recentemente, no início de 2020, um Boeing 737-800 da Ukraine Internacional Airlines foi abatido logo após decolar de Teerã, em um voo com destino a Kiev, capital da Ucrânia. O voo PS752 transportava 167 passageiros e 9 tripulantes a bordo, todos morreram com a queda da aeronave.
De acordo com autoridades do Irã, o voo foi “derrubado acidentalmente por um míssil iraniano depois que a aeronave fez uma curva inesperada em direção a uma base militar.”
Para o Irã, o míssil foi disparado devido a um erro humano.
A declaração das forças armadas iranianas diz que o avião “adotou uma postura de voo e a altitude de um alvo inimigo” ao se aproximar de uma base da Guarda Revolucionária Iraniana.
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A Ucrânia diz que não vê sentido em fechar seu espaço aéreo em meio a uma escalada de tensões militares com a Rússia, de acordo com um alto funcionário ucraniano, depois que os Estados Unidos alertaram que as tropas russas poderiam invadir a nação do leste europeu a qualquer momento.
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