Ministério Público de SP pede bloqueio de bens de dono do grupo Itapemirim

Itapemirim

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu o bloqueio de bens particulares do executivo e empresário Sidnei Piva. Sidnei é dono do grupo de transportes rodoviários Itapemirim, e recentemente iniciou a abertura de uma nova companhia aérea no Brasil.

A Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016 entretanto está mantido o projeto da companhia aérea para o ano de 2021. Porém os planos podem ser comprometidos devido a um recurso de bloqueio de bens do dono da companhia que está em execução em São Paulo.

O recurso de bloqueio teve inicio com o promotor Nilton Belli Filho, o promotor alega que não é possível criar uma nova empresa em outro ramo com a matriz em recuperação judicial. O promotor alega ainda que pode haver irregularidades para captação de recursos, como empréstimos com documentos fraudulentos. 

Nilton afirma que há divergências do plano de criação da companhia aérea com o plano de recuperação judicial no qual a empresa passa. O processo de recuperação inclui o adiamento de pagamento aos credores da empresa, o que facilitaria em partes o investimento na nova empresa aérea.

O promotor solicitou o bloqueio de todos os bens pessoais de Sidnei além de pedir o bloqueio de venda de qualquer patrimônio ativo da empresa. O pedido é prol de garantir o pagamento regular aos credores.

Dentro de todo o processo de recuperação judicial há planos para pagamentos facilitado aos credores a longo prazo. Além disso, um plano de reestruturação da companhia além dos pagamentos, geralmente é colocado em pauta para avaliação e aprovação, caso esse plano não seja aprovado a companhia pode chegar a falência.

A Itapemirim já foi a maior empresa rodoviária do Brasil, chegando a ter 1.700 ônibus em sua época de ouro. A companhia hoje possui 573 ônibus, entretanto desses, 303 estavam impedidos de realizar viagens. No inicio dos anos 2000 a Itapemirim enfrentava o inicio da crise, a empresa alegou que a “recessão mundial” foi o fator que gerou a crise.

O dono do grupo disse que a empresa está totalmente em dia com todas as obrigações do processo de recuperação judicial. Sidnei afirmou que a nova companhia aérea vem para melhorar os serviços da Itapemirim e gerar maior lucro e ampliar as operações de toda a malha da empresa.

Em nota oficial, Sidnei afirma que o processo de recuperação está chegando ao final, e que a Itapemirim já esta trabalhando para realizar a quitação de seus débitos, “tornando-se uma das únicas empresas brasileiras a se recuperarem em meio a uma pandemia”.

“A atual gestão do Grupo Itapemirim entende, ainda, que o fomento das operações e a reestruturação da companhia, especialmente no setor aéreo, de forma coordenada e sem afetar os pagamentos dos credores, como está sendo rigorosamente realizada, possibilitará maior segurança ao cumprimento do plano, descredenciando qualquer tipo de pretensão de bloqueio de bens do Grupo Itapemirim e seu acionista”, segundo a nota da Itapemirim.

 

Em nota oficial a Itapemirim disse:

“Esclarecemos que Sidnei Piva não teve os bens bloqueados e apresentou contestação aos autos do processo, rebatendo de forma categórica as supostas irregularidades. O pedido se trata de uma reprise de manifestações antigas, que já foram julgadas improcedentes.

O processo supracitado está próximo de chegar ao fim, já que o Grupo está trabalhando para promover a quitação do plano de recuperação judicial e irá peticionar nos autos do processo já nos próximos dias, tornando-se uma das únicas empresas brasileiras a se recuperarem em meio a uma pandemia.

Todos os projetos de investimentos do Grupo Itapemirim são mensalmente noticiados ao Administrador Judicial e ao Juiz, sempre no intuito de proporcionar maior transparência e lisura às operações. 

A atual gestão do Grupo Itapemirim entende, ainda, que o fomento das operações e a reestruturação da companhia, especialmente no setor aéreo, de forma coordenada e sem afetar os pagamentos dos credores, como está sendo rigorosamente realizada, possibilitará maior segurança ao cumprimento do plano, descredenciando qualquer tipo de pretensão de bloqueio de bens do Grupo Itapemirim e seu acionista.”

 

Fonte: A Folha

Texto: Aeroflap

 

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