(Reuters) – As diferenças entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o candidato rival Joe Biden vão muito além do planeta Terra.
Os planos do presidente Trump para vencer a corrida incluem uma missão para voltar à lua em 2024 e encerrar o apoio financeiro direto dos EUA para a Estação Espacial Internacional (ISS) em 2025 – passando o controle da instalação em órbita para empresas espaciais privadas.
Biden, por outro lado, provavelmente adiará o lançamento da missão lunar e irá propor uma extensão do financiamento para a Estação Espacial Internacional se ganhar a disputa presidencial, de acordo com pessoas familiarizadas com os planos de Biden.
Adiar a missão lunar poderia levantar mais dúvidas sobre o destino de longo prazo do Space Launch System (SLS), da Boeing, assim como da SpaceX de Elon Musk e da Blue Origin de Jeff Bezos, que estão trabalhando para lançar foguetes rivais no mercado já no próximo ano.

A Boeing e a SpaceX já estão fornecendo espaçonaves para transportar astronautas para a ISS, em um programa iniciado no governo Obama e apoiado por Trump e Biden.
Embora desacelerar a missão lunar possa atrasar os contratos de equipamentos relacionados que as empresas pretendem conquistar, a agenda espacial emergente de Biden parece amplamente definida para promover a competição entre os fornecedores de defesa tradicionais, como a Boeing, e rivais mais novos, como a SpaceX, que prometem custos mais baixos e sistemas de foguetes e veículos espaciais reutilizáveis.
Muitos ocuparam cargos na administração Obama e estão disputando papéis influentes na equipe de transição ou no potencial governo Biden.

Um porta-voz da campanha de Biden referenciou comentários anteriores de Biden. Em agosto, depois que a SpaceX lançou e trouxe de volta astronautas à ISS na primeira missão em solo norte-americano em quase uma década, Biden disse que esperava “liderar um programa espacial ousado que continuará a enviar heróis astronautas para expandir nossa exploração de fronteiras científicas.”
Representantes da Blue Origin e da Boeing não quiseram comentar. SpaceX e a campanha Trump não responderam aos pedidos de comentários.