Moxy Airways, de Neeleman, deve iniciar as operações em 2021

Airbus A220-300

Em dezembro de 2018 a Moxy Airways, nova companhia aérea norte-americana de David Neeleman, confirmou seu pedido para para 60 aeronaves A220-300, depois de um memorando de entendimento que foi assinado em julho.

Agora a data da entrega da primeira aeronave foi confirmada, e deve ocorrer em abril de 2021, através de uma parceria de Neeleman com a empresa de leasing GECAS.

Anteriormente a empresa de Neeleman, que está sendo fundada com ajuda de um fundo de investidores, declarou que planeja iniciar as contratações de equipe básica em 2020, com essa divulgação da entrega, agora já podemos saber que a finalidade será começar as operações em 2021.

 

Rotas

O foco da Moxy Airways será em rota com demanda mas pouca oferta, notavelmente as que ligam cidades do interior aos grandes centros, portanto, podemos esperar vários voos longos e curtos, para adaptar a malha a esse estilo de operação.

Por enquanto Neeleman não quer revelar mais sobre as rotas atendidas pela companhia em um futuro próximo, talvez esse seja um plano para evitar concorrência.

David Neeleman em um voo da TAP. Foto – TAP/Divulgação

“O mantra será tentar levar as pessoas até duas vezes mais rápido, com tarifas de 30% a 50% mais baixas do que as que estão pagando hoje”, disse Neeleman. “Eu ficaria surpreso se tivermos uma única rota na Moxy que tenha um único concorrente em voos diretos.”

 

O Airbus A220

O A220-300 é uma aeronave de categoria regional, em um projeto realizado pela Bombardier para concorrer com a Embraer. O avião oferece um alcance de até 5020 km, sem contabilizar as reservas de combustível, e um interior que suporta até 160 assentos em Classe Econômica.

A Airbus produzirá o A220-300 em uma nova instalação de montagem nos EUA em Mobile, Alabama.

Em uma entrevista em setembro de 2018, David Neelemann deixou a entender que quer mesclar parte da experiência com a JetBlue e a Azul.

Nas duas companhias ele começou com aviões novos, o que possibilitou uma maior economia de combustível, mas aumentou os custos com leasing. Na JetBlue ele optou por rotas mais centrais, com foco em Nova York, na Azul a intenção era operar em aeroportos regionais para ganhar um mercado que até então deixava de registrar uma concorrente por aqui.

Para ele o grande incentivador será o baixo consumo do A220-300, que é equipado com motores super-econômicos e capacidade para até 160 passageiros, algo comparável ao 737 MAX 7, mas com menor consumo, em comparação com o avião da Boeing.

“Os custos de viagem da aeronave e os motores eficientes em termos de combustível fornecerão um amortecedor contra os preços voláteis dos combustíveis”, disse ele. 

Essa foi uma fórmula utilizada na JetBlue, enquanto as companhias aéreas americanas apostavam em aviões usados e com maior consumo algo que está sendo revertido atualmente, devido ao maior preço do combustível em todos os países.

 

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