Mulheres se destacam em vários setores e fazem a diferença na Helisul

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Foto: Helisul

No segmento da aviação, setor historicamente masculinizado, o avanço acontece pouco a pouco e é incentivado por empresas como a Helisul Aviação. As mulheres da companhia se destacam em diferentes setores e fazem toda a diferença para o desempenho da empresa em todas as bases nas quais ela se faz presente no país.  

A gerente de base Edineia Clemente é uma dessas forças femininas. A paraense, mãe de um adolescente de 17 anos e de uma menina de oito, comanda uma equipe de oito homens no Aeroporto Internacional de Belém – Júlio Cezar Ribeiro, na capital do Pará. É ela a responsável por organizar a entrada e a saída de serviços de manutenção, seja de aeronaves de terceiros ou da própria frota da Helisul, além da gestão da equipe de mecânicos, inspetores e auxiliares. 

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A profissional vai completar sete anos na Helisul em 2022 e, vinda da área de administração de empresas, aprendeu o ofício da manutenção no dia a dia.  “Eu sou a única gerente de base que não é mecânica. Sou administradora de empresas. Não sabia nada de manutenção. Cheguei para gerenciar a parte administrativa do hangar e aí fui cuidando de uma ferramenta aqui, disso ali, e fui englobando e aprendendo tudo”, conta Edineia. 

A profissional atua na área administrativa comercial no segmento da aviação há 12 anos e, ao todo, tem mais de 20 anos de carreira. Ela comemora o fato de ser respeitada como gestora e líder de equipe na Helisul, apesar de saber que a receptividade não é mesma em todos os lugares. 

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“Não encontrei dificuldade aqui, sempre fui muito bem aceita, mesmo não conhecendo a parte técnica a fundo. Talvez não seja para todo mundo. Nossos clientes são homens, mas não encontrei dificuldades. Acho que depende mais do que eu mostro do que querer me impor. Aqui todo mundo me aceita como profissional, então não enfrentei barreiras por causa disso.”

Desafios pelo caminho

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Companheiras de Edineia não podem dizer o mesmo sobre os desafios de chegarem onde estão. A mecânica de aeronaves Valeria Araújo de Almeida atua há mais de dez anos na área da aviação, mas entende da atividade há mais tempo. De uma família de cinco irmãos mecânicos de carros, ela contou com um incentivo externo para poder realizar o desejo de trabalhar na profissão e acabou encontrando seu caminho no segmento aéreo. 

Hoje ela é especialista na linha Bell e a única mulher na equipe de manutenção de helicópteros da Helisul. “Sempre quis trabalhar em oficina, mas por preconceito dos próprios irmãos nunca cheguei a trabalhar com mecânica e cuidava da parte de gestão da oficina”, conta Valéria. Com ajuda de um cliente, ela ganhou uma bolsa em uma escola de aviação e garantiu um diploma. A mecânica de aeronaves da Helisul é baiana, casada e tem uma filha de três anos. 

A família deixou São Paulo há cerca de três meses para morar na capital paranaense, onde é a base de trabalho de Valéria e sede da Helisul. “Você chega em casa e ainda tem aquela dupla jornada. Brincar com a filha, cuidar da casa, então é bem desafiador. É um trabalho mais braçal, pesado. Além de trabalhar a parte física, também trabalha a parte mental. É desgastante, mas eu amo o que eu faço. Cada dia é um dia diferente.”

Valéria começou como auxiliar antes de ser mecânica e, para chegar onde está hoje, precisou ser firme e superar obstáculos por ser uma mulher na carreira. Segundo ela, não foram poucas as pessoas que fecharam os olhos para a competência e a tentaram fazer desistir. 

“Literalmente elas achavam que mulher não deveria estar na manutenção, que deveria estar atrás de um fogão, cuidando do marido, da casa, e não fazendo um trabalho de mecânica. Todo esse preconceito, essa resistência que tive no início, só me deu força para que eu me tornasse uma mecânica com qualidade, com mais dedicação”, revela. 

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A gaúcha Patricia Massotti, piloto na Helisul há quase três anos, percebe semelhanças com o relato da colega. Baseada em Curitiba, ela atua no Serviço Aéreo Especializado (SAE), nas missões de combate a incêndio e carga externa, mas faz escalas no serviço aeromédico e voos panorâmicos quando é convocada. Antes, atuou como instrutora de voo na escola de aviação onde se formou e como piloto de táxi aéreo, na realização de voos panorâmicos e fretamentos.

Fascinada pela versatilidade dos helicópteros, Patricia correu atrás da realização do sonho, mas teve que enfrentar momentos de desconforto. “Já passei por situações em que alguns passageiros e até colegas, num primeiro momento, olhavam com estranheza, de certa forma duvidando que eu poderia ser piloto. Mas depois que a pessoa percebia que o voo era feito normalmente, como qualquer outro profissional faria, passava a me ver de forma normal, sem diferenciação de gênero”, conta a profissional.

Para ela, atualmente são bem menores as restrições e barreiras enfrentadas pelas mulheres que atuam como piloto, em relação às pioneiras da profissão. “Ainda há muitos com mentalidade atrasada, mas é bem mais comum ver pessoas achando legal que a piloto é uma mulher, parabenizando ou mais demonstrando admiração do que julgando”, comemora.

A piloto acredita que, cada vez mais, empresas como a Helisul têm dado oportunidades igualitárias para que as profissionais possam demonstrar suas capacidades e conhecimentos para assumir cargos por merecimento, sem distinção de gênero. “Merecemos a mesma oportunidade de cargos, como qualquer profissional.”

Uma ‘estranha’ no ninho

Com a intenção de inovar e manter o conceito de pioneirismo que carrega, a Helisul contou com a força do trabalho feminino na hora de inaugurar o posto de farmacêutica aeronáutica, assumido pela curitibana Renata Huszcz. Ela encarou o desafio de assumir a função no setor de transporte aeromédico da empresa há cerca de dois anos, para ajudar a fazer a diferença e a elevar ainda mais a excelência da operadora. 

No Brasil, há apenas mais um homem e uma mulher no mesmo cargo no segmento da aviação. Renata assumiu do zero e tem como maior atribuição o gerenciamento de estoque, para contribuir com a diminuição de custos, evitar descartes, otimizar uso de medicamentos, padronizar a operação e entre outras. 

Uma rotina bastante dinâmica, na maioria das vezes, e repleta de desafios. “Tive que ir encontrando meu próprio caminho. Porque, se estou em um ambiente hospitalar, já sei o que vou enfrentar”, conta Renata. “Como não é uma empresa da área da saúde, tive que aos poucos abrir portas e mostrar o quanto é importante a figura do farmacêutico, independentemente se hoje sou eu essa pessoa. Tive que aprender muitas coisas”, conta a farmacêutica aeromédica, que atuou anteriormente em hospital e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

Renata também é formada em Enfermagem e trabalhou na profissão por 12 anos, como funcionária pública. Mas o grande amor mesmo sempre foi a Farmácia. E hoje é um sonho realizado. “Sempre foi meu sonho ser farmacêutica, desde os dez anos de idade”, diz ela. E estar em uma empresa como a Helisul, de certa forma já fazia parte dos planos. 

“Sempre pensei em buscar alternativas, falava que queria alguma coisa fora do convencional. Não queria vender medicamentos, queria cuidar, prestar assistência. Em pouco tempo, sou muito feliz com a experiência que tenho. O paciente não me vê, mas todo material que precisa está lá. Oportunizo a operação a ser realizada com sucesso. O serviço farmacêutico é o coração de qualquer estabelecimento e sem coração ninguém sobrevive”, destaca a farmacêutica. 

Segundo ela, estar na Helisul e contribuir com o atendimento aeromédico tem sido profissional e pessoalmente muito significativo. “Fico super emocionada, porque, para mim, é algo muito surreal. Passar pelos lugares, fazer a diferença de alguma forma, para agregar e acrescentar na vida das pessoas. Isso é importante e a mulher tem muito isso. A gente quer o mundo, fazer a coisa acontecer e mostrar que pode, ganhando espaço.”

Via: Helisul Aviação

 

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Redator

Apaixonado por aviões e fotografia, sempre estou em busca de curiosidades no universo da aviação.


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