Museu de Aviação da Austrália fará voo especial com o clássico DC-3

DC-3
Foto: Mark Keech

Nesta semana um Museu de Aviação da Austrália, o HARS Aviation Museum, planeja utilizar o seu DC-3 para fazer um voo acima do Porto de Sydney.

O voo deve ocorrer amanhã (17/12), e vai ocorrer em comemoração aos 85 anos dessa aeronave, que ocorreu em 17 de dezembro de 1935.

O avião do museu está equipado com uma pintura da RAAF, e remete à versão de transporte militar, a C-47. Esta é uma variante militar que desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial.

O C-47 deixou de operar com a RAAF em março de 1999, quase 60 anos de serviço operacional, um recorde que ainda não foi superado na Força Aérea da Austrália.

Na Austrália, muitas companhias aéreas operaram o modelo, incluindo Qantas, Australian National Airlines (mais tarde Ansett ANA) e Trans Australian Airlines.

O DC-3 planeja sair do aeroporto de Shellharbour e voar para o norte, para Long Reef, nas praias do norte, antes de realizar sobrevoos de baixa altitude no porto de Sydney. Em seguida, ele voará diretamente para o Aeroporto de Sydney e continuará de volta à costa adjacente a Cronulla, antes de retornar para casa no Aeroporto de Shellharbour.

A decolagem acontecerá às 11h45 de Shellharbour, o avião deverá passar por Sydney às 12h40, pousando às 13h10 em Shellharbour.

Na Austrália, muitas companhias aéreas operavam o DC-3, incluindo Qantas, Australian National Airlines mais tarde Ansett ANA e Trans Australian Airlines.

 

O Clássico Douglas DC-3

Todo o início do projeto da aeronave começou na primeira metade da década de 1930, devido a um pedido do presidente da American Airlines, Cyrus Smith, que desejava uma versão expandida do DC-2, com capacidade para mais de 20 passageiros.

Donald Douglas, fundador da Douglas Aircraft, recebeu uma ligação especial do presidente da American Airlines, que custou apenas US$ 5500 quando consideramos valores atuais. Na ligação Smith tentou convencer o Douglas a ampliar o DC-2, mas o presidente da fabricante de aeronaves não gostou da ideia.

“Eu não gostei nada”, relatou Douglas na entrevista. “Por que eu deveria ter gostado? Eu tinha muitos DC-2 em ordem.”

No final Douglas aceitou o desafio, e o presidente da American Airlines se comprometeu a comprar apenas 20 aviões DC-3, mesmo assim pegando um empréstimo para quitar o valor dessas aeronaves, literalmente uma aventura.

Desde então a Douglas tratou o avião com muita frieza, mas logo descobriu o potencial da aeronave, que ao longo de 9 anos de fabricação vendeu mais de 600 unidades, um marco para aquele período que a aviação estava iniciando.

O DC-3 permitiu que muitas companhias realizassem voos somente com passageiros a bordo, ampliando os horários disponíveis e lançando novas rotas. Antes do DC-3, as viagens aéreas estavam vinculadas aos correios, apesar dos aviões também voarem com passageiros a bordo.

Atualmente ainda existem cerca de 200 aviões do modelo DC-3, sendo que pelo menos 100 deles apresentam a capacidade de voar. Tudo isso 85 anos após o primeiro voo da aeronave.

 

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