Novo caça BAE Tempest faz primeiros testes em túnel de vento

Tempest

O novo caça Tempest, produzido pela veterana BAE Systems para o Reino Unido, já teve seu projeto aerodinâmico ensaiado em túnel de vento, com os primeiros testes começando na última semana.

Para conferir o desempenho aerodinâmico do Tempest na vida real, os engenheiros que participam do projeto criaram uma maquete em uma impressora 3D, com base nos desenhos do novo caça. 

Os testes em túnel de vento são vitais para identificar possíveis instabilidades aerodinâmicas, problemas como flutter nas superfícies de controle e demais correções de projeto. Mesmo com a tecnologia de ensaio em CFD, o túnel de vento ainda é bastante útil na indústria aeronáutica para “fechar o pacote aerodinâmico”.

Mesmo na maquete impressa em 3D já podemos ver alguns detalhes de design mais interessantes no Tempest. O canopy do cockpit, por exemplo, é uma “bolha” fora das linhas da aeronaves, focadas para voos no modo stealth.

Outro destaque de design é para a parte traseira, com estabilizadores verticais duplos, e a ausência do estabilizador horizontal. O desenho é bem semelhante ao F-22, sem indicar empuxo vetorizado em todas as direções, porém um cuidado adicional com a saída de calor do motor, item chave para a detecção por radares.

A fuselagem “rebaixada” dá um aspecto de asa única em delta ao Tempest, algo parecido com o que vemos no bombardeiro B-2. O único sobressalto no local é justificado pela presença de dois motores na traseira, e uma baia de armas perto dos motores.

O desenho é bem diferente do atual Eurofighter Typhoon, apesar de seguir a mesma linha de um avião de caça.

Os engenheiros ressaltaram que os desenhos digitais estão ajudando no projeto. A partir deles e de impressoras 3D é possível conferir alterações quase em tempo real no Tempest, e adiantar o procedimento de finalização do design.

 

O Caça Tempest

Mockup do Tempest com um Eurofighter da RAF ao fundo. Crédito da imagem: BAE Systems

O Tempest é o projeto de um novo caça Stealth europeu, depois de investidas dos EUA, China e Rússia. No momento o projeto é realizado em colaboração entre três países: Reino Unido, Itália e Suécia.

Os investimentos no Tempest devem girar em torno dos 2 bilhões de libras esterlinas, dinheiro esse investido pelos ingleses. Esse valor além de ser usado no projeto do Tempest seria usado em projetos terceiros da Estratégia de Defesa inglesa.

A expectativa é colocar o avião em atividade já no ano de 2035, com diversas inovações comparando aos caças de 5ª geração que estão no mercado atualmente.

 

 

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