A Marinha Popular da China concluiu na terça-feira (07) os primeiro testes de mar do seu novo porta-aviões, o Fujian (CV-18). Lançado em junho de 2022, o primeiro super porta-aviões de Pequim também é o maior do país e o primeiro equipado com catapultas. 

A embarcação deixou o estaleiro de Jiangnan no dia 29/04 e saiu para o mar, realizando as primeiras avaliações. Durante oito dias foram testados os sistemas de propulsão e sistema de energia elétrica. Vários outros testes foram realizados no Fujian antes do navio zarpar.

Com a ‘menina dos olhos’ de volta ao porto, a Marinha Chinesa divulgou fotos e vídeos do Fujian navegando. Como os testes não envolvem o uso de aeronaves, o navio é visto sem qualquer avião ou helicóptero a bordo. Ao longo do enorme deque recém pintado, se enxergam as três catapultas eletromagnéticas que serão usadas para o lançamento de aviões de caça, guerra eletrônica e vigilância.

Antes de receber aeronaves a bordo, o Fujian deve concluir várias outras avaliações, que deverão certificar as condições de navegação e combate do novo porta-aviões. O sistema de defesa da embarcação, como os mísseis antiaéreos HQ-10 e os canhões de defesa de ponto Type 730 serão amplamente testados. 

Se tudo der certo, a partir do ano que vem os primeiros aviões começarão os testes a bordo da nova ‘base aérea flutuante’ da China. É previsto que caças J-15 e J-35 e o avião-radar KJ-600 operem a partir do Fujian. Estima-se que sua ala aérea embarcada poderá receber cerca de 50 aeronaves entre aviões e helicópteros para diversas missões. 

O CV18 é o terceiro porta-aviões da China e o primeiro a ser equipado com catapultas. O instrumento permite que os aviões sejam lançados com carga máxima, ao contrário dos outros navios (Liaoning e Shandong), que possuem uma rampa para a decolagem dos aviões, o que limita não só o peso de decolagem mas também o tipo de aeronave empregada a bordo.

Lançado ao mar há quase dois anos, o Fujian possui 316 m metros de comprimento e desloca 80 mil toneladas. Assim como os porta-aviões mais novos dos Estados Unidos, as catapultas do navio chinês são eletromagnéticas. Chamadas de EMALS, estas substituem modelos que funcionam com uso de vapor.