Ozires Silva acredita em um novo avião da Embraer

Ozires Silva é uma peça importante na história da Embraer. Até os dias atuais ele é reconhecido por uma administração da empresa, na época pública, focada em construir produtos inovadores.

A filosofia de trabalho e o espírito inovador de Ozires ainda ecoam na Embraer nos dias atuais, criando produtos perfeitos e adequados para determinados mercados.

E em uma entrevista recente ao jornal ‘OVALE’, da região de São José dos Campos, Ozires ressaltou um pouco de como vê a Embraer no futuro. O fundador ressalta até mesmo a criação de um novo tipo de aeronave, adequada para a futura demanda.

“A nossa Embraer, de grande importância para São José dos Campos, precisa reagir e lançar novos projetos de aviões adequados a essa demanda e, para isso, precisa contar com seus recursos humanos”, disse Ozires Silva.

Ozires diz que o novo avião vem em um bom momento. Não há como lançar grandes jatos, de acordo com Ozires, pela crise de baixa demanda.

“Este cenário ocorreu com os grandes jatos. Em passado recente, a Boeing americana e a Airbus europeia trouxeram ao mercado grandes aeronaves, como o Boeing 747 e o Airbus 380, agora ambos em processo de retirada de serviço, partindo para a produção de aviões menores e rentáveis”, completou Ozires.

“As consequências das decisões implementadas pelo Governo Federal tornaram possível abrir e colocar em operação centenas de pequenas empresas regionais, oferecendo os serviços aéreos a quase 200 cidades brasileiras. Nunca tivemos isso no passado”, disse Ozires Silva sobre a influência da Embraer na aviação regional do Brasil.

Confira a entrevista completa no ‘O Vale’ Clicando Aqui.

 

O TURBOÉLICE

EMB-120 Brasília, o último turboélice da Embraer.

Ozires disse que esse é o projeto adequado para a Embraer, no entanto, a fabricante brasileira está estudando a fabricação de um outro tipo de aeronave.

A Embraer revelou detalhes adicionais sobre seu projeto de turboélice no último dia 21 de julho. Rodrigo Silva e Souza, chefe de marketing e estratégia da Embraer Commercial Aviation, traçou uma visão para as novas aeronaves e detalhou que o avião deve chegar ao mercado nesta década.

Em uma apresentação virtual do Farnborough Airshow Connect, Rodrigo afirmou que o projeto está avançando internamente devido à versatilidade da aeronave. Ele acredita que o avião poderia ser aplicado em mercados com pouca demanda e em locais onde é difícil colocar um jato regional.

O novo turboélice da Embraer deve levar cerca de 70 a 100 passageiros, e ter atualizações significativas em aerodinâmica e no sistema de propulsão. A meta é criar uma aeronave de menor emissão de CO2 para voos de curta distância, e superar os concorrentes, como a ATR.

Essa nova perspectiva vai contra a meta anterior da Embraer de uma aeronave para 40 a 80 passageiros, e em direção ao E175 e E190.

Nos bastidores, o projeto está avançando com a equipe conduzindo uma extensa pesquisa de mercado e conversando com fornecedores de motores. A Embraer também indica que pode optar por tecnologias pouco ortodoxas, como a propulsão híbrida na nova aeronave.

O projeto está em seus estágios iniciais de desenvolvimento, então ainda há muita criação de conceitos, e parcerias para lançar o produto. Se a Embraer utilizasse a tecnologia atual, seria possível disponibilizar o avião até 2025, de acordo com Rodrigo.

Um avanço mais significativo, no entanto, depende de como a Embraer vai achar as novas tecnologias. A Rolls-Royce, por exemplo, já estava desenvolvendo uma propulsão híbrida em conjunto com a Airbus.

O projeto pode ser realizado através da própria Embraer por enquanto, visto que não há empresas listadas ou interessadas em uma parceria.

 

 

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