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Para concorrer com as Low Cost, American planeja expandir classe Super Econômica em voos para Europa

American Airlines

As companhias europeias de baixo custo, como a Norwegian e a Primera Air, já estão pressionando as companhias americanas para diminuir mais ainda o preço dos bilhetes em voos para a Europa. Claro que essa redução tem um custo, o serviço totalmente básico para os passageiros, que não inclui nem o mínimo, como o assento marcado.

Mas as pessoas pouco se importam com os serviços agregados, na verdade uma parcela dá importância para isso, mas a outra parte procura preços acima de tudo, e nisso muitas companhias ganham, mesmo que você passe raiva com a falta de algo mais premium.

E foi com esse nível de raciocínio que o vice-presidente sênior de gerenciamento de receita da American disse durante uma discussão na Cúpula de Previsão de Aviação Internacional do Grupo Boyd, em Las Vegas.

De acordo com Don Casey, a American Airlines poderia iniciar já em 2018 a implementação da Basic Economy, assim como nos voos domésticos dos EUA. O único problema real é que a American Airlines vai aplicar tarifas idênticas, porém quer oferecer um pouco mais de conforto para os passageiros, com aeroportos nas proximidades do centro das cidades atendidas e melhor serviço de bordo.

“A estratégia de desagregar o produto e criar oportunidades de venda é algo que funcionará em mais mercados, do que apenas [nos voos] domésticos”, disse Casey. “Esperamos ao longo do tempo, como espero que em 2018, teríamos uma forma deste produto no serviço transatlântico”.

No caso da American Airlines os passageiros que viajam na Basic Economy não podem levar uma mala de mão, nem escolher o próprio assento, bem como é impossível receber pontuação de milhas.

Casey disse que a companhia está considerando fazer mudanças em tarifas baratas apenas porque seus clientes, ou pessoas que gostariam de ser seus clientes, agora voam em companhias aéreas sem frescura. Incluindo as Low Costs Norwegian Air, Wow Air e Air Europa, entre os Estados Unidos e a Europa. 

O maior problema é que companhias aéreas de baixo custo estão cada vez mais competitivas em voos transatlânticos, até mesmo as grandes companhias como a Iberia e Finnair, enquanto a American vem registrando uma diminuição de rentabilidade a cada trimestre contábil.

Resta saber se a American Airlines irá propor o uso de aeronaves mais novas entre os EUA e a Europa, com maior eficiência no gasto de combustível e capaz de retornar isso para a conta do passageiro, caso contrário o cálculo não fecha, você tem uma aeronave muito antiga e ineficiente com preços baixos, que não sustentam o combustível para realizar os voos.

 

As Europeias

Foto – Norwegian/Divulgação

Todo esse assunto começou com as companhias europeias de baixo custo, a Norwegian prometeu ligar a Irlanda até Nova York com o Boeing 737 MAX 8 com passagens a partir de US$ 99, logo após a Primera Air disse que planeja ligar Paris à Nova York com o A321neo LR por apenas US$ 99 também, uma oferta bastante atrativa.

Porém esse baixo custo tem um preço, o despacho de bagagem na Primera Air custa US$ 29, para marcar o assento você paga mais US$ 25, se quiser algo mais espaçoso do que um Ryanair Class é possível pagar 46 dólares, algo bem vindo para pessoas altas em voos de um continente até outro.

Esquecemos, a comida a bordo custa a partir de US$ 40.

É possível observar que ambas as companhias que estão com essa proposta usam aeronaves mais eficientes, em comparação com um Boeing 767-300 ou 757, o próprio A321neo LR que será usado pela Primera Air é uma aeronave com custo por assento até 25% menor em comparação com o A321ceo (antiga geração), e vale lembrar, o A321ceo já é um avião mais eficiente quando comparado ao 757.

 

 

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