Piloto de caça F-15 desmaia em voo e provoca um gasto de US$ 2,5 milhões

F-15C Eagle USAF Foto/Divulgação U.s Airforce

Em março de 2019 dois pilotos de F-15 Eagle, sendo um instrutor e um aluno estavam voando em uma área militar operacional em Oregon. Cada aviador estava em seu caça a cerca de 18.000 pés.

Tudo o corria bem até que o aluno fez uma curva e ‘começou a fazer uma manobra de alta força G’ o que acabou por fazer o sangue descer da cabeça levando o desmaio do jovem piloto.

Após 11 segundos o aluno acordou, voltando a pilotar e tomando as ações corretas, segundo a USAF, que é levar as manetes de potência para a marcha lenta e com isso nivelando o caça. Mas tais manobras elevaram o nível de estresse que o caça poderia suportar, provocando assim sérios danos nas asas, cauda e fuselagem o que rendeu um custo de US$ 2,5 milhões em reparos.

Apesar dos danos ambos os F-15C conseguiram pousar em segurança e o jovem aluno não sofreu ferimentos.

Diante disso a USAF se preocupou com seus pilotos e apresentou um balanço da frequência com que os pilotos desmaiam e, no último ano fiscal – de 1 de outubro de 2018 a 30 de setembro de 2019 – houve 12 incidentes, um pequeno aumento em relação aos anos anteriores. Apenas o caso do F-15 Eagle de Oragan levou a danificar o caça, os demais não causaram problemas estruturais e ocorrem em caças F-16, T-38 Talon e um caso com o F-22 Raptor.

Caças F-15E da U.S Airforce- Foto: USAF
(Imagem Ilustrativa)

O fato que aconteceu a quase um ano só agora foi divulgado pelos militares, e noticiado pelo site Popular Science, mas não fica muito claro o motivo do piloto desmaiar, uma vez que existem meios para que isso não aconteça.

Um deles é o famoso traje anti-G que é um roupa especial que é ligada a nacele do caça e que com ar aperta as pernas e o abdômen para que assim o sangue não desça da cabeça.

Já o segundo passo é um treino muscular e respiratório feito pelos pilotos que chamado manobra de esforço anti-G, ou AGSM: um piloto flexiona e tenciona os músculos das pernas, abdômen e glúteos.

“Todo o treinamento que eles fazem, todas as manobras anti-esforço e todo o equipamento são projetados para impedir que isso aconteça”, diz Cheryl Lowry, médica, especialista em medicina aeroespacial e coronel aposentado da Força Aérea.

O acidente resultou na criação de um relatório do Conselho de Investigação de Segurança da Força Aérea.

Neste vídeo abaixo podemos ver o treino para forças Gs que pilotos de caça são submetidos:

 

Fonte de apoio: Popular Science/ Adaptações: Aeroflap

 

 

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