Polícia Federal prende 27 pessoas no Aeroporto do Galeão por tráfico internacional de drogas

Aeroporto do Galeão RIOgaleão
Foto - Divulgação / RIOgaleão

Na manhã desta terça-feira (19/12) a Polícia Federal fez uma operação especial (“Rush”) no Aeroporto Internacional do Galeão para realizar a prisão de 27 pessoas envolvidas com tráfico internacional de drogas, que atuavam como uma quadrilha especializada no aeroporto.

Foram 36 mandados de prisão, mas uma parte não foi executada no mesmo dia, a operação afetou diretamente funcionários e terceirizados das companhias aéreas que operam no aeroporto, incluindo também dois membros da Receita Federal, que facilitavam o esquema.

A forma como essas 36 pessoas agiam era bem simples e já conhecida, o grupo escolhia aleatoriamente passageiros de voos que partiam do aeroporto, e imprimiam uma etiqueta para uma mala falsa, que não foi despachada pelo o passageiro. Em posse dessa mala os funcionários de solo que faziam parte do esquema direcionavam ela para o avião que faria o voo internacional de interesse do grupo.

Tudo começou em fevereiro, quando a PF abriu a investigação “Máfia do Galeão”, após descobrirem que uma mala foi despachada no Galeão rumo à Amsterdam, com 37 quilos de cocaína, porém o passageiro que estava registrado na etiqueta estava indo para Salvador, a mala foi devolvida pelo Aeroporto de Amsterdam e ao chegar no Galeão passou pelo Raio X do aeroporto, que constatou a presença da droga a bordo.

Para o contrabando de mercadorias, os membros da Receita Federal ajudavam o esquema ao não vistoriar as malas, principalmente em voos para os Estados Unidos. O funcionário pegava a mala que era direcionada para um voo doméstico, e colocava nas malas dos voos internacionais, logo após a passagem dessas malas dos voos internacionais pelo Raio X, dessa forma a mala com droga não passava por nenhuma inspeção.

Para piorar o grupo ainda agia para contrabandear bebidas que eram servidas nas aeronaves, conhecidas também como as sobras do serviço de bordo, e vendiam no varejo. Garrafas de vinho, Whisky e champanhe eram furtadas do interior das aeronaves que faziam serviço de voos internacionais.

Membros da Receita Federal tinham esquema com alguns passageiros que evitavam passar a mala dos mesmos pela fiscalização alfandegária, a pessoa era avaliada somente com a mala de mão, e a mala com os produtos contrabandeados era entregue no saguão do aeroporto. Durante as investigações, um servidor foi flagrado recebendo propina para liberar mercadorias.

Além das drogas apreendidas durante a operação, a PF ainda apreendeu 2715 garrafas de bebidas, veículos e dinheiro. Os suspeitos vão responder por 8 crimes na justiça, a PF ainda procura mais 8 pessoas que participavam do esquema.

 

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