Advertisement

Presidente da TAP: “Pontualidade é vergonhosa”

De acordo com Antonoaldo Neves, presidente da TAP, a constante reclamação dos cancelamentos e atrasos da companhia será algo do passado.

Desde agosto a TAP incorporou mais pilotos em seu quadro de funcionários, e praticamente mantiveram a quantidade de aeronaves. Para o Antonoaldo isso resolve em boa parte os problemas de pontualidade da TAP.

“Houve incapacidade da TAP de colocar a sua máquina de formação de pilotos a funcionar. Treinar um piloto é um processo muito complexo, é preciso tirá-lo da sua actividade durante meses. Precisámos de treinar 44 pilotos por mês e não conseguimos chegar a esse número”, disse Antonoaldo.

“Uma companhia aérea, para operar de forma adequada, só pode ter no máximo 1% de cancelamentos. O ideal é 0,75%. Chegamos a ter 3% por dia”, completou Antonoaldo Neves. “A nossa ambição é ter uma empresa que está acima dos 80% de pontualidade. E a nível de cancelamentos, a minha ambição é ter 99% no mínimo de regularidade, já estou lá. Mas na pontualidade estamos muito longe, abaixo dos 50%, estou muito mal. É uma pontualidade vergonhosa”.

Além disso Antonoaldo ressaltou que só em 2018 a TAP contratou 300 novos comissários, além de 110 pessoas em dois anos para as operações em solo, e um contrato com a Groundforce.

A TAP ainda precisa contratar e treinar continuamente 44 pilotos por mês, para incrementar as suas operações com as 15 novas aeronaves que devem chegar em 2019.

 

Aviões reservas

Um ponto que vai evitar mais atrasos e cancelamentos, melhorando a pontualidade da companhia, é a disponibilidade de aviões reservas na frota, principalmente para rotas de média e longa distância.

Em agosto, por exemplo, a TAP deixou dois aviões dos modelos A330 e A340 como reservas, prontos para serem utilizados em voos de longa distância. Até então a companhia não adotava isso em sua frota, se algum avião tivesse um problema mecânico inesperado, o voo era adiado ou cancelado, afetando outros voos da malha.

 

O Aeroporto de Lisboa ainda é um entrave

Para Antonoaldo, o Aeroporto de Lisboa (Humberto Delgado) ainda está aquém do esperado pela companhia, e limita bastante a expansão dos voos até a conclusão das obras no local.

“No ano passado fizemos 14 milhões de clientes, este ano vamos fazer 16 milhões, estamos a colocar pressão no sistema. O nível de serviços cai porque o aeroporto não consegue processar. No próximo ano vamos adicionar mais um milhão e meio de passageiros”, disse Antonoaldo, ressaltando um possível problema de sobrecarga já em 2019.

Com isso o Presidente da TAP aproveitou para ressaltar a construção do novo terminal no Aeroporto de Montijo, que ainda é alvo de muitos atrasos por parte do governo local, principalmente por causa das desapropriações de terrenos ao redor.

“A TAP não pode operar no Montijo e o Montijo não vai ter operação de longo curso, eu tenho que continuar aqui na Portela. Então, naturalmente, pela forma que foi desenhada, é uma solução que não é para a TAP, mas até gostaria que o Montijo já estivesse pronto e que todas as companhias aéreas fossem para lá. É preciso que fique muito claro: a TAP não vai financiar o Montijo. A nossa visão é muito clara: é ilegal subir as tarifas na Portela para pagar o Montijo, se isso acontecer vamos recorrer aos tribunais, a gente vai às últimas consequências contra isso”, concluiu.

A intenção da TAP, no entanto, é ficar sozinha do Aeroporto Humberto Delgado, e deslocar outras companhias para o Aeroporto de Montijo, liberando desta forma capacidade de tráfego de passageiros no local. Em 2017 o Aeroporto de Lisboa movimentou 26,6 milhões de passageiros.

 

Via – Jornal de Negócios

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.

 

Aeroflap

Autor: Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: TAP