Presidente de partido pode ter comprado avião particular com desvio de verba pública

Foto: Pedro Viana/Aeroflap

De acordo com o juiz Heitor Moura Gomes, da 2ª Vara Federal de Marabá (PA), que decretou a prisão de Eurípedes Júnior, presidente do Pros, as investigações de corrupção apontaram indícios de um desvio na ordem de R$ 2 milhões para a compra da aeronave de matrícula PT-VQW, do modelo Seneca lll, para uso próprio.

O juiz apontou que alguns contratos da Prefeitura de Marabá para compra de gases medicinais para os hospitais, teria tido um desvio de verba, possibilitando que o avião fosse comprado. Para isso Eurípedes pode ter contado com a ajuda de outras duas pessoas, com finalidade de registrar o avião como propriedade do PROS, partido a qual Eurípedes é presidente. A compra da aeronave foi realizada por Josimar Enéas da Costa para João Salame.

“A investigação tenta, basicamente, apurar o rastro das verbas públicas federais que seriam utilizadas para compras de gases medicinais, assim como os valores utilizados para comprar a aeronave PT-VQW e R$ 100 mil repassados das contas da Oxipar (movimentada por Josimar Eneas da Costa) a Emmanuelly Gomes Mendes e outras pessoas, ressaltando que as empresas Oxipar e WJE entre 2013 e 2016 receberam mais de R$ 10 milhões da prefeitura de Marabá/PA, valores referentes a verbas públicas federais”. “Não obstante isso, seria feita a análise do caminho de verbas públicas e destinatários mesmo que não envolvessem verbas públicas federais e que devem ser apurados pelas autoridades municipais e estaduais competentes”, disse o juiz no processo.

O desvio era feito através da renegociação da dívida da prefeitura com as empresas, no qual a prefeitura ficava a cargo de propor uma espécie de “propina” para o pagamento ser realizado.

Em nota o partido disse que a aeronave já foi vendida.

 

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