Primeiro Embraer E195-E2 da Azul está realizando voo de nacionalização

Azul Embraer E195-E2
Foto: Pedro Viana/Aeroflap

Nesta terça-feira (24/09) o primeiro Embraer E195-E2 da Azul Linhas Aéreas, de matrícula PR-PJN, está cumprindo um voo de nacionalização com partida de Porto Alegre até Montevidéu, no Uruguai, com destino final o Aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

A nova aeronave deverá ser registrada e nacionalizada em Confins, antes de entrar na frota da companhia aérea em outubro. Esse procedimento deve ser realizado, visto que a aeronave pertence a uma empresa irlandesa, que arrenda o avião para a Azul.

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A aeronave está equipada com 136 assentos em classe econômica, e distribuição 2-2, algo possibilitado pela expansão da fuselagem realizada pela Embraer. Em comparação com um E195 de 1ª geração, que tem 38,65 metros de comprimento, o novo E195-E2 tem 41,5 metros de comprimento.

A envergadura também aumentou de aproximadamente 28 metros (1ª geração), para 35,1 metros, e agora fornece um melhor desempenho para o novo E195-E2.

O E195-E2 pode operar no Aeroporto Santos Dumont, localizado no Rio de Janeiro, e a primeira rota comercial a ser operada pela nova aeronave será entre Campinas (Viracopos) a Brasília, em outubro deste ano.

A partir de janeiro os E195-E2 terão internet via satélite a bordo, com distribuição na cabine por Wi-Fi.

Conhecida por ser uma cliente de aviões da Embraer, desde a sua fundação, a Azul encomendou um total de 51 jatos E195-E2, e se destaca como a cliente de lançamento deste modelo em todo o mundo.

A Azul deve receber até o fim de 2019 cerca de seis aviões E195-E2, e estes vão ajudar a companhia a atingir 55% da oferta de assentos através de aeronaves de nova geração, diminuindo os gastos da empresa com combustível.

 

Economia de combustível

O Embraer E195-E2 é equipado com dois motores PW1900G.

Além desse acréscimo de assentos, o E195-E2 não cobra nada a mais em consumo para oferecer essa capacidade extra, ao contrário, ele proporciona uma economia de combustível na ordem de 15% comparando com a geração anterior e uma redução de custo de transporte por assento ainda maior, de até 26%, devido ao maior espaço interno.

“Mais de 500 dos nossos 870 voos diários ainda são realizados pela primeira geração [dos E-jets]. No futuro, todos eles serão realizados pelo E2, resultando em um custo 14% menor e 10% a mais de receita em cada voo”, disse David Neeleman, um dos fundadores da Azul, durante uma entrevista.

O novo avião da Azul deverá começar a operar voos comerciais na companhia em outubro deste ano.

O E195-E2 apresenta novos motores de alto desempenho do modelo PW1900G, asas completamente novas, fly-by-wire completo e um novo trem de pouso. Em comparação com a primeira geração do E195, 75% dos sistemas da aeronave são novos.

 

Pintura

Para o primeiro Embraer E195-E2 da sua frota, a Azul escolheu uma pintura especial, cobrindo a fuselagem inteira com um tom de azul escuro, sendo que a parte traseira é revestida por palavras que descrevem as metas da Azul.

Um segundo E195-E2 da Azul também deve ser equipado com uma pintura especial, agora alterando o azul para o rosa, devido à campanha Outubro Rosa.

Esse E195-E2 rosa deverá fazer companhia a outros aviões com pintura similar na frota da companhia, como um ATR e um A320neo.

“Este E2 é dedicado aos nossos funcionários. Criamos uma pintura especial para esta aeronave, que celebra os Valores que norteiam nossas decisões e ações aqui na Azul. Quero agradecer aos nossos mais de 13 mil Tripulantes pela dedicação e o compromisso na construção da melhor companhia aérea do mundo. Sem esse time, esse dia não seria possível”, diz John Rodgerson, CEO da Azul. “Hoje, ainda temos que substituir para nova geração de aeronaves mais da metade de nossos 900 voos diários. Cada novo avião que chega, nos permite oferecer uma experiência ainda melhor para nossos Clientes, além de reduzir nossos custos e aumentar nossa receita”, conclui Rodgerson.

 

Atualização do Cockpit

O cockpit do E2 apresenta avançada aviônica integrada Honeywell Primus Epic 2.

Juntamente com os controles fly-by-wire, os sistemas trabalham juntos para melhorar o desempenho da aeronave, diminuir a carga de trabalho do piloto e reforçar a segurança de voo. Note a presença do tradicional manche da Embraer, para padronizar os controles com a 1ª geração.

Os pilotos da primeira geração de E-Jets precisam de apenas 2,5 dias de treinamento e sem a necessidade de um simulador de voo completo para pilotar o E2, o que diminui a carga de treinamento e economiza tempo e dinheiro para as companhias aéreas. 

 

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