O programa do Airbus A220 demorará para gerar lucro, de acordo com declarações recentes da Spirit e da Airbus, duas empresas diretamente ligadas à produção do A220.
A Spirit, por exemplo, deve continuar sofrendo prejuízos ao produzir componentes estruturais para o programa A220, pelo menos nos próximos três a cinco anos. O prejuízo só será superado quando a Airbus aumentar a produção do A220 para mais de 100 aviões por ano.
As instalações da Spirit são projetadas para produzir estruturas por cerca de 10 aviões A220 mensais.
Considerando que o programa A220 já acumula dezenas de entregas, e tem aproximadamente 600 encomendas no total, a produção em “alta capacidade” não deve ter grande duração.
A Airbus disse que, apesar do baixo preço de compra do programa CSeries no passado, ela também não deve obter lucro com o A220 pelo menos até meados desta década.
Atualmente a Airbus produz cerca de quatro aviões A220 por mês, sendo três a partir da nova linha dos EUA, investimento da Airbus que impulsionou as encomendas no maior mercado de aviação do mundo. A linha de Mirabel, por sua vez, teve a produção limitada a uma unidade mensal.
A Airbus atribui boa parte desse prejuízo ao baixo custo de venda do A220, algo que só pode ser compensado com um aumento da produção e das entregas, pela diminuição no custo da produção em série de componentes.
A Airbus tem capacidade para construir 10 aviões A220 em Mirabel, no Canadá, e quatro por mês em seu novo local de montagem em Mobile, no Alabama.
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