Qatar desiste do Airbus A380 e vai focar no novo widebody da Boeing

Qatar Airways Airbus A380

O CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker após críticas ao Airbus A380, anunciou que a empresa vai aposentar os seus aviões de andar duplo em breve, assim que cada aeronave for completando 10 anos de operação na frota.

Desta forma a Qatar Airways deixará de operar o A380 a partir de 2024, visto que a companhia recebeu o primeiro avião deste modelo em 2014. A empresa não espera que nenhuma outra operadora alugue os seus aviões, isso é agravado ainda mais pelo período que a Qatar vai retirar esses aviões da frota.

A empresa vai focar a partir de 2020 no Boeing 777X, avião que registra 60 encomendas firmes pela Qatar Airways, com mais 50 opções de compra. Futuramente todas as aeronaves A380 serão substituídas pelos novos aviões Boeing 777-9X e Airbus A350-1000.

O Boeing 777X pode ter um custo operacional até 15% menor em comparação com os atuais 777.

 

Atualmente os aviões A380 da Qatar Airways realizam voos de Doha para cidades como Heathrow (Londres), Guangzhou, Melbourne e Sydney. No total são 10 aeronaves deste modelo na frota.

A Qatar Airways também será outra companhia que aposentará os A380 após 10 anos de operação, assim como a Singapore Airlines. As duas têm contratos de leasing com duração de 10 anos.

A Qatar está buscando uma maior eficiência nos aviões de nova geração, com dois motores, a companhia se destacou por ser cliente de lançamento do Airbus A350 nas suas duas variantes, A350-900 e A350-1000, enquanto isso também trabalha para receber o primeiro Boeing 777X em 2020, uma aeronave que promete ser 15% mais eficiente que o atual 777.

Em uma entrevista anterior Al Baker disse:

“O A380 foi um divisor de águas, mas talvez tenha chegado na hora errada, com os preços dos combustíveis disparando após a sua introdução. Como aeronave, é muito adequado para rotas que exigem alta capacidade.”

“Para mim, esta aeronave é muito pesada, tem alto consumo de combustível e isso porque a estrutura da aeronave foi construída para um trecho. Acho que a Airbus cometeu o mesmo erro que com o A330 e o A340, que tinham uma asa comum.”

 

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