Moradores do Condado de Houston, no estado da Georgia, afirmam que o rasante de um caça F-15 Eagle da Força Aérea dos EUA (USAF) danificou suas casas. A aeronave fez uma passagem baixa em um jogo de beisebol e, segundo os moradores, teria quebrado a barreira do som, o que a Força Aérea nega.
O incidente ocorreu por volta das 11:15 da última quarta-feira (03), quando um caça F-15 da Base Aérea de Robins (WRB) voou baixo para celebrar a abertura de um jogo do Torneio de Beisebol da Little League World Series da Região Sudeste.
O rasante teria causado um enorme estrondo. Logo após o sobrevoo, vários residentes do condado foram ao Facebook relatar diversos danos em suas casas. Alisha Brown afirma que viu sua janela se expandir e depois voltar ao normal. “Parecia que estava bem acima de nós”, afirmou Alisha, que trabalhava em casa quando o F-15 deu o rasante.
O marido de Alisha ainda afirmou que o som parecia o de uma bomba. Ele também diz que, ao falar com seu pai, o mesmo afirmou que o barulho se tratava de um estrondo sônico. O fenômeno ocorre quando uma aeronave (normalmente um caça) quebra a barreira do som, o que gera uma onda de choque e um estrondo que viaja até o solo, podendo causar estragos.
No Brasil, isso foi presenciado em 2012, quando um par de caças Mirage 2000 da Força Aérea Brasileira quebraram os vidros do Supremo Tribunal Federal durante uma rasante na Praça dos Três Poderes.
Em comunicado ao canal local, 13WMAZ o comando da Base Aérea de Robins confirmou o rasante, dizendo que o sobrevoo no jogo foi autorizado pelo Secretário do Escritório de Apoio a Eventos Aéreos de Relações Públicas da Força Aérea e pela Administração Federal de Aviação (FAA).
Os militares também afirmam que a passagem baixa foi realizada dentro dos parâmetros estipulados pelas autoridades, com o avião voando a 1000 pés (cerca de 304 metros) e dentro da velocidade permitida.
Alisha, por outro lado, diz que o sobrevoo não foi normal. “Quando ouvimos ontem, já sabíamos que era diferente por causa da clareza”, disse a residente. Os moradores da área relatam danos diversos, a maioria em suas varandas, variando de rachaduras em tijolos à queda de forros e isolamentos térmicos. Todos disseram que o rasante parecia mais barulhento do que o normal, sacudindo suas casas e aparentando estar muito perto da linha das árvores.
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