Red Flag: começa a primeira edição de 2022 do exercício multinacional

F-16C Have Glass Red Flag Nellis
Um F-16C da 148ª la de Caça pousa em Nellis para participar da Red Flag 2022-1. Foto: USAF.

Começou na segunda-feira (24) a primeira edição de 2022 do renomado exercício de combate aéreo Red Flag. Quase 100 aeronaves e 3000 militares dos Estados Unidos, Austrália e Inglaterra estão reunidos na Base Aérea de Nellis, em Nevada, até o encerramento da operação no dia 11 de fevereiro.

O exercício, que é um dos mais tradicionais e ocorre desde 1976, reúne militares dos EUA e nações amigas (inclusive o Brasil que já participou duas vezes). O objetivo é treinar as mais diversas táticas de combate aéreo em cenários que simulam o ambiente de guerra aérea contemporâneo. 

A RAF participa com um destacamento de caças Eurofighter Typhoon. Foto: USAF.

“A Red Flag-Nellis 22-1 é o principal exercício de combate aéreo da América focado em prontidão e parceria através de operações de ataque lideradas pela Ala Expedicionária Aérea”, disse o Coronel Jared Hutchinson, comandante do 414º Esquadrão de Treinamento de Combate.

“Em seu 47º ano de execução, os participantes construirão confiança sob fogo e liderança integrada e cultura de combate que levará a lutas de coalizão vitoriosas. Eles aprenderão uns com os outros cara a cara, então estaremos todos mais bem preparados e prontos quando nos encontrarmos novamente em outra região do mundo”, acrescentou o oficial.

A Red Flag 22-1 tem a a 388ª Ala de Caça da Base Aérea de Hill, Utah, ocupando a posição de Lead Wing. Participam também as forças aéreas da Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, Marinha, Fuzileiros Navais, Força Espacial, Guarda Aérea Nacional e Reservistas dos EUA. 

A Austrália participa do exercício com um E-7A Wedgetail. Foto: USAF.

Segundo a USAF, as aeronaves participantes incluem os caças e jatos de ataque A-10, F-16, F-15E, Typhoon FGR.4, F-22 e F-35; aeronaves de alerta e guerra eletrônica E-7A (Austrália), E-3, E-8, RC-135, EA-18G e EC-130; drones MQ-9 e RQ-4; bombardeiros B-2 e B-52, o helicóptero MH-60 atuando com o HC-130 e o avião-tanque KC-135.

“O Red Flag 22-1 é um exercício único, porque demonstra a integração tática mais avançada do poder aéreo dos EUA e seus principais aliados, o Reino Unido e a Austrália”, disse Hutchinson. “Cada bandeira leva o estado da arte a um novo nível, aproveitando os esforços dos Red Flags anteriores. Existem muitos problemas táticos novos e emergentes do mundo real que serão apresentados pela primeira vez à força aliada.”

O General-Brigadeiro Michael Drowley, comandante da 57ª Ala, deu as boas-vindas aos participantes durante um briefing no dia 21 de janeiro. Ele avisou as unidades que o treinamento que estão prestes a receber evoluiu ao longo do tempo e inclui conjuntos de problemas modernos destinados a prepará-los se obtiverem o chamado para defender a nação.

B-52H pousando em Nellis. Foto: USAF

Durante o exercício, as forças vermelhas, lideradas pelo 57º Grupo de Operações e apoiadas pelo Nevada Test and Training Range, conduzirão ameaças estáticas, dinâmicas e adaptativas, desafiando os participantes.

“Todos os olhos estão nesta bandeira vermelha para ver como você lidera através do nevoeiro e do atrito do combate. A luta continua”, disse Drowley.

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.