Reino Unido cancela projeto do drone de combate Mosquito

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Concepção artística do Projeto Mosquito. Copyright: Reino Unido.

O Ministério da Defesa (MoD) do Reino Unido anunciou na sexta-feira (24) o cancelamento do projeto do drone de combate (UCAV) Mosquito. Do tipo Loyal Wingman, o Mosquito deveria atuar ao lado de aviões de combate tripulados da RAF.

No comunicado, o MoD afirma que o projeto Mosquito não passará da fase de desenvolvimento. No entanto, também aponta que o cancelamento não afetará a possibilidade de construir um drone Loyal Wingman para a Royal Air Force (RAF) futuramente. 

A pasta explica que a decisão de cancelar o programa do drone foi tomada após uma revisão detalhada do demonstrador técnico, bem como do programa mais amplo de Aeronave de Combate Leve e Acessível (LANCA), sob o qual o Projeto Mosquito estava sendo desenvolvido.  

Drone Mosquito do Projeto LANCA ao lado de um F-35B. Via MoD UK.

O MoD ainda afirma que “o acúmulo de análises concluiu que uma capacidade e uma relação custo-benefício mais benéficas parecem alcançáveis ​​através da exploração de capacidades aditivas menores, menos dispendiosas, mas ainda altamente capazes.”

“Por meio do Projeto Mosquito e outras atividades de experimentação, a Royal Air Force fez progressos substanciais e ganhou valor significativo na compreensão e aproveitamento de uma série de capacidades futuras não tripuladas”, diz o chefe do Gabinete de Capacidades Rápidas (RCO), Air Commodore Jez Holmes

“Esta decisão maximiza o aprendizado acumulado até o momento e permite uma mudança de direção para o programa LANCA. O RCO agora lançará rapidamente atividades para perseguir agressivamente o firme compromisso inalterado da RAF de integrar capacidades avançadas não tripuladas ao mix de forças de curto prazo com valor benéfico mais imediato”, afirmou o oficial. 

Imagem: Team Mosquito/MoD.

Em janeiro de 2021, o MoD assinou um contrato de 30 milhões de libras (R$ 192,6 milhões) com a Spirit AeroSystems para o desenvolvimento do UCAV Mosquito. A aeronave não tripulada deveria realizar seu primeiro voo de demonstração em 2023 e ser posta em serviço junto à RAF até o final desta década. O Mosquito também deveria operar a partir dos novos porta-aviões britânicos, os HMS Queen Elizabeth e Prince of Wales. 

O drone Mosquito seria do tipo Loyal Wingman (Ala Leal), projetado para operar sob comando de inteligência artificial, voando “em parceria” com aeronaves tripuladas, como se fosse, realmente, um ala. EUA, Austrália e Rússia estão investindo no desenvolvimento de seus próprios Loyal Wingman já há algum tempo, testando drones de demonstração e experimentais dentro de seus próprios projetos. 

A ideia é ter aeronaves não tripuladas atuando ao lado de caças tripulados, de 4.5 Geração, 5ª Geração e os futuros aviões de 6ª Geração. Os drones poderão carregar armas e sensores, atuar como plataformas de apoio e serão “atritáveis”, ou seja, não se tem muito prejuízo no caso de um possível abate. 

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.