Em uma entrevista para a Reuters, o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, declarou que a companhia aérea ainda está esperando uma “redução dos ânimos do mercado” para realizar uma nova grande encomenda de aeronaves.
De acordo com O’Leary, a Airbus está praticando preços altos, enquanto o Boeing 737 MAX continua parado, e sem novas entregas pelo menos desde março.
Mas não é só a fabricante europeia que está praticando altos preços, a Boeing também está com preços altos, de acordo com O’Leary. Para ele a movimentação da fabricante norte-americana é causada por “falta de produtos no catálogo”.
A Boeing estava negociando com a Ryanair, antes do acidente, uma encomenda para o 737 MAX 10. O preço do pedido potencial do 737 MAX 10 deve incluir descontos mais acentuados, em vez de compensação em dinheiro pelo aterramento e atraso nas entregas do 737 MAX 200.
Ao mesmo tempo a Ryanair quer realizar encomendas para aviões da Airbus, algo praticamente inédito, mas essas são para alimentar a frota da Laudamotion, enquanto o 737 MAX fica como protagonista do futuro do Low Cost.
Porém, de acordo com Michael O’Leary, as negociações com a Airbus estão “avançando pouco”.
Ele também demonstrou a necessidade da empresa depender menos de somente uma aeronave na sua frota, citando que se 100 aviões da Ryanair fossem do modelo 737 MAX, a paralisação das aeronaves poderia ser extremamente prejudicial para a empresa. Sem receber suas aeronaves, e continuando com a frota atual totalmente operacional, a Ryanair já diminuiu seu ritmo de crescimento.
Na terça-feira, O’Leary disse que a Ryanair está em “diálogo contínuo” com a Boeing na esperança de que 30-40 737 MAX possam estar em operação no verão de 2020, supondo que o avião esteja autorizado a retornar ao serviço até o final deste ano ou logo após .
Via – Reuters
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