Secretaria de Aviação Civil divulga pesquisa de satisfação do passageiro 2016

Na manhã de ontem (24/01), durante um anúncio oficial do Ministério dos Transportes em Brasília, a Secretaria de Aviação Civil publicou os resultados da pesquisa de satisfação do passageiro (ISGP) em 2016, que abrangeu 15 aeroportos do país, que transportam cerca de 80% dos passageiros do país.

O Índice de Satisfação Geral do Passageiro do trimestre obteve o melhor resultado das 16 rodadas da série iniciada em 2013, a nota geral para todos os aeroportos avaliados foi 4,28 (em uma escala de 1 a 5).

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, alcançou a melhor nota de satisfação geral destes quatro anos e tirou 4,72, confira mais clicando aqui. Essa é a terceira vez consecutiva que o Aeroporto de Curitiba foi escolhido como o melhor do país, ele também foi escolhido como o melhor nos últimos 3 trimestres de 2016.

Além de ser o melhor do Brasil, o Aeroporto de Curitiba também foi destaque ao ser primeiro em 11 itens da pesquisa, de 37 no total. O sistema é composto por diversas perguntas que devem ter uma única resposta, numa nota que pode ir de 1 a 5.

Entre os itens Curitiba se destacou como:

  • O primeiro lugar em tempo de fila na inspeção de segurança – 4,85;
  • O aeroporto mais bem avaliado em cordialidade e prestatividade dos funcionários da inspeção de segurança – 4,74;
  • Os sanitários mais limpos entre os pesquisados – 4,63;
  • A melhor nota em qualidade da informação nos painéis das esteiras de restituição de bagagem – 4,83; a maior satisfação com o tempo de fila no check-in – 4,77;
  • A melhor percepção na velocidade da restituição de bagagem – 4,81;
  • O que entrega as bagagens mais íntegras – 4,71;
  • O primeiro nos indicadores cordialidade dos funcionários da emigração – 4,96;
  • Tempo de fila na emigração – 4,95;
  • Tempo de fila na aduana – 4,97;
  • Cordialidade dos funcionários da aduana – 4,96.

Em quatro anos de pesquisa o Aeroporto de Curitiba está em 8º lugar na lista de 15 aeroportos, o aeroporto melhorou sua nota em 9,7% desde a primeira pesquisa. Ainda no ranking geral de satisfação no 4º trimestre de 2016, o Aeroporto de Recife ficou em 2º lugar, seguido por Brasília, Santos Dumont e Natal. Galeão e Guarulhos ficaram empatados na avaliação do passageiro.

Confira o infográfico abaixo:

Via – Secretaria de Aviação Civil/Divulgação

Manaus (AM) foi o que mais melhorou desde a primeira pesquisa, com 30,4% a mais na nota, seguido pelo Galeão (RJ), com 23,6%, e Brasília, com 23,3%. A pesquisa também tem a função de apontar aos gestores o que é necessário para melhorá-la, o Aeroporto de Brasília, por exemplo, sofreu diversas melhorias desde 2013 até o fim de 2016, inclusive com a construção de novos píers para passageiros e a modificação de áreas em seu interior para melhorar o conforto

Desde a pesquisa anterior, realizada no terceiro trimestre, o Aeroporto de Brasília subiu seis posições no ranking geral, saindo da nona colocação para a terceira posição. Os itens mais bem avaliados são: confiança na inspeção de segurança, disponibilidade de painéis de voos e tomadas, qualidade da rede de internet sem fio, disponibilidade de sanitários, limpeza geral, disponibilidade e localização de bancos/caixas eletrônicos/casas de câmbio e quantidade e qualidade de lanchonetes e restaurantes.

Dos 37 itens avaliados o Aeroporto de Brasília foi o melhor em 14 deles. Dois aeroportos administrados pela Inframerica estão entre os melhores em sua categoria, Brasília na categoria acima de 15 milhões de passageiros, e Natal na categoria até 5 milhões de passageiros.

Desde 2013 até o fim de 2016 a nota média dos aeroportos avaliados saltou de 3,84 para 4,21, acima da meta estabelecida pelo governo (4,00). Os únicos aeroportos que registraram queda desde 2013 foram os Aeroportos de Fortaleza e Salvador.

Destaque para a implementação de tecnologias para facilitar a vida do passageiro dentro do terminal, os totens de autoatendimento tiveram nota 4,60, acima da nota registrada para o check-in feito fisicamente. Em Brasília a satisfação dos passageiros com o check-in alcançou 4,99, quase a nota máxima da pesquisa.

A companhia aérea destaque em tempo mínimo de check-in foi a Azul Linhas Aéreas, com apenas 6 minutos para realizar o check-in em balcão, ela também se destacou como o menor tempo na fila para o embarque, apenas 10 minutos, algo proporcionado apenas pelas suas aeronaves com capacidade abaixo de 120 assentos, frente aos mais de 150 assentos das aeronaves da LATAM, GOL e Avianca.

A GOL Linhas Aéreas foi a mais rápida no tempo médio de restituição de bagagem, com apenas 9 minutos de espera.

Confira mais no infográfico abaixo:

Via – Secretaria de Aviação Civil/Divulgação

O grupo que não alcançou a média mínima estabelecida pelo Governo Federal é o chamado “Facilidades ao Passageiro”, que reúne oito indicadores para medir a qualidade do estacionamento, lanchonetes, restaurantes, comércio em geral e a disponibilidade de caixas eletrônicos, bancos e casas de câmbio. Os passageiros deram nota 3,5 ao agrupamento, a meta era 4,00.

 

Resumo Completo

Na facilidade do desembarque Brasília (3,44), Congonhas (3,78), Cuiabá (3,88) e Fortaleza (3,92) amargaram as últimas posições nesse item avaliado. Salvador (3,86) e Guarulhos (4,19) não foram destaques no tempo na fila de inspeção de segurança. Cuiabá, Salvador, Campinas, Guarulhos, Confins e Fortaleza não tem uma boa qualidade de sinalização de acordo com os passageiros entrevistados.

Salvador (2,86), Congonhas (3,04), Cuiabá (3,38), Guarulhos (3,61), Natal (3,70), Curitiba (3,83) e Confins (3,84) são os aeroportos que menos disponibilizam tomadas para os passageiros. Na qualidade do wi-fi somente os aeroportos de Brasília (4,36), Natal (4,34) e Santos Dumont (4,09) conseguiram notas acima de 4, a última posição fica com Salvador (1,87).

Novos Píers do Aeroporto de Brasília melhorou o conforto dos passageiros. Foto – Aeroporto de Brasília/Divulgação

Brasília se destacou em disponibilidade de assentos na área de embarque (4,86), enquanto Congonhas e Cuiabá ficaram nas últimas posições. Brasília também se destacou em conforto térmico (ar-condicionado), enquanto Guarulhos, Salvador e Cuiabá ficaram nas últimas posições.

Brasília foi o último colocado em estacionamento, junto com Confins, Salvador, Cuiabá, Natal e Fortaleza. Em disponibilidade de vagas somente Recife, Campinas, Manaus e Santos Dumont tiveram nota acima de 4. Nenhum registrou um bom custo-benefício do estacionamento.

Somente os aeroportos de Brasília e Recife tiveram notas acima de 4 na categoria Quantidade e Qualidade de lanchonetes e restaurantes. A maioria obteve nota abaixo de 3 quando o quesito é o custo-benefício dessa alimentação. Congonhas, Galeão, Recife e Brasília registraram notas acima de 4 no quesito quantidade de estabelecimentos comerciais. Nenhum aeroporto teve nota acima de 3,5 no quesito custo-benefício dos produtos comerciais.

Santos Dumont se destacou na agilidade do Check-in. Foto – Infraero/Divulgação

Santos Dumont, Curitiba e Brasília ficaram com as primeiras posições no quesito Check-in feito por autoatendimento, e presencialmente Curitiba, Brasília e Santos Dumont também ficaram com as primeiras posições, respectivamente. Brasília e Porto Alegre ficaram abaixo de 4 no quesito integridade da bagagem restituída.

Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Natal foram bem avaliados no quesito Tempo na Fila de Emigração e Cordialidade dos funcionários da emigração. No item Tempo de fila na imigração Brasília, Galeão e Manaus ficaram nas primeiras posições.

Os 37 itens avaliados pela Secretaria de Aviação Civil na pesquisa foram:

  1.  Facilidade desembarque no meio-fio;
  2.  Tempo de fila na inspeção de segurança;
  3.  Confiabilidade da inspeção de segurança;
  4.  Cordialidade e prestatividade dos funcionários da inspeção de segurança; 
  5. Qualidade da sinalização do aeroporto; 
  6. Disponibilidade e qualidade das informações nos painéis de voo;
  7.  Disponibilidade de tomadas; 
  8. Qualidade da internet / wi-fi disponibilizada pelo aeroporto;
  9.  Disponibilidade de sanitários;
  10.  Limpeza dos sanitários; 
  11. Disponibilidade de assentos na sala de embarque; 
  12. Sensação de segurança nas áreas públicas do aeroporto; 
  13. Limpeza geral do aeroporto; 
  14. Conforto térmico do aeroporto; 
  15. Conforto acústico do aeroporto; 
  16. Qualidade da informação nos painéis das esteiras de restituição de bagagem;
  17. Qualidade das instalações de estacionamento de veículos;
  18. Disponibilidade de vagas no estacionamento de veículos;
  19. Custo-benefício do estacionamento;
  20. Quantidade e qualidade de lanchonetes e restaurantes;
  21. Custo-benefício dos produtos de lanchonetes e restaurantes;
  22. Disponibilidade e localização de caixas eletrônicos/casas de câmbio/bancos;
  23. Quantidade e qualidade de estabelecimentos comerciais;
  24. Custo-benefício dos produtos comerciais;
  25. Tempo de fila no check-in (autoatendimento);
  26. Tempo de fila no check-in (balcão);
  27. Cordialidade e prestatividade dos funcionários do check-in;
  28. Qualidade da informação prestada pela cia aérea;
  29. Velocidade de restituição de bagagem;
  30.  Integridade da bagagem;
  31. Tempo de fila na emigração;
  32. Cordialidade dos funcionários da emigração;
  33. Tempo de fila na imigração;
  34. Cordialidade dos funcionários da imigração;
  35. Tempo de fila da aduana;
  36. Cordialidade do funcionário da aduana;
  37. Disponibilidade de transporte público para o aeroporto.

Apesar de tudo todos os aeroportos avaliados ainda pecam em um fator específico, o custo-benefício para alimentação, que registrou 2,85, uma nota bem abaixo da média exigida pelo governo. Cerca de 62% dos passageiros entrevistados estavam viajando a lazer, enquanto 32% estavam a negócios, mais de 28% viajam mais de 5 vezes no ano.

Cerca de 90% dos passageiros entrevistados consideram os aeroportos brasileiros bons (4,00) ou muito bons (5,00). A 16ª rodada da pesquisa foi realizada no último trimestre de 2016, a Secretaria de Aviação Civil ouviu no total 14085 passageiros em 15 aeroportos, em todas as edições mais de 253,5 mil passageiros foram ouvidos. A margem de confiança é de 95%.

 

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