A Southwest já declarou que vai incorporar uma nova alteração nos aviônicos das próximas aeronaves 737 MAX que receber da Boeing.

O novo sistema é basicamente um aviso nas duas principais telas do cockpit sobre uma diferença de medição do ângulo de ataque, através do mesmo sensor defeituoso que resultou em reações inesperadas no acidente com a aeronave da Lion Air.

A Boeing já justificou que o Boeing 737 MAX (e também o NG) tem uma luz de aviso no cockpit que informa aos pilotos anomalias no sistema de medição do ângulo de ataque, que é composto por dois sensores (lado direito e esquerdo do estabilizador horizontal/profundor), ou seja, se o sensor do lado direto está marcando uma informação diferente do sensor localizado no lado esquerdo, ou se a aeronave está ganhando altitude mas o sensor está listando um ângulo negativo de ataque, o sistema deverá informar os pilotos, através da luz de aviso.

O sistema no painel de LCD é mais uma redundância, para informar aos pilotos que o sistema MCAS pode entrar em ação, ele comanda automaticamente o trim da aeronave para abaixar o nariz do avião, de acordo com a Boeing é um sistema anti-estol, mas pode ser acionado no caso de um sensor defeituoso.

O HUD da aeronave, presente nos novos 737 MAX e opcional no 737 NG também informa a condição de erro no ângulo de ataque, pois a própria tela transparente informa velocidade, altitude e ângulo de ataque.

O piloto pode desligar esse sistema MCAS, inclusive isso é algo listado no manual de solução de problemas a bordo, e também citado na parte teórica do treinamento. Em outras ocasiões os pilotos desligaram o sistema e prosseguiram com o voo, como no caso de um próprio voo da Lion Air antes do acidente e em um voo da Sunwing.

A Southwest deve atualizar a sua frota de 26 aviões 737 MAX 8 para esse novo sistema. A companhia também vai receber mais 264 aeronaves da família 737 MAX nos próximos anos.

Via – The Air Current