A Avianca Colombia, que faz parte da Avianca Holdings, declarou em um comunicado emitido no dia 10 de abril que o Grupo Synergy, através da subsidiária BRW Aviation, violou uma das condições de um empréstimo da United Airlines, realizado em 2018.

Este empréstimo colocava como garantia as ações da companhia Avianca Colombia, e abre possibilidades para a United assumir o controle da unidade colombiana, enquanto a United negocia outro empréstimo para a Avianca Holdings.

Em novembro de 2018, a BRW tomou emprestados US$ 456 milhões da United, garantidos pelo patrimônio da BRW e suas 516 milhões de ações ordinárias da Avianca. Vale ressaltar que o Synergy Group utilizou da subsidiária para blindar o capital das suas ações, assim como realizou o mesmo na Avianca Brasil em 2018.

A BRW, da Synergy Group constituída em Delaware, possui cerca de 78,1% das ações ordinárias da Avianca Holdings, o grupo que controla a Avianca Colombia. Esse contrato de empréstimo violado levou à alterações em outros contratos da Avianca Colombia, como forma de ajusta seu financeiro e evitar que esses contrato sejam rescindidos no caso de uma mudança de controle.

“Assumindo que essa abordagem seja aceita pelos credores sob tais contratos de financiamento da Avianca Holdings , a United seria capaz de fazer cumprir o compromisso de ações em conexão com o empréstimo da United para apropriar-se das ações da Avianca Holdings, sem causar uma mudança de controle sob qualquer dos contratos de financiamento da Avianca Holdings”, disse a companhia colombiana.

Um porta-voz da Avianca disse que a companhia aérea está atualmente em processo de alterar seus contratos de financiamento e não pode fornecer uma estimativa de quando concluirá as negociações.

Já a United disse que qualquer conversa para alterar os outros empréstimos da Avianca “será diretamente com o mutuário”. A companhia também confirmou que não está realizando de imediato ações para tomar o controle da companhia colombiana.

O porta-voz da United disse que a empresa continua avançando com sua planejada joint-venture com a Avianca Colombia e a Copa Airlines, do Panamá .

Recentemente o presidente-executivo da empresa colombiana, Hernan Rincon, renunciou o cargo e deixará a companhia no final do mês de abril, isso pressiona ainda mais o administrativo da empresa, que sofre com efeitos não financeiros da crise enfrentada pela Avianca Brasil e Avianca Argentina.

Não há um claro panorama financeiro da Avianca Colombia para 2019, apesar da empresa ter capital aberto e precisar declarar suas ações para os acionistas.

A Avianca fez um plano de expansão visando ultrapassar o Grupo LATAM, juntamente com ajuda das suas “subsidiárias” no Brasil, Argentina e Peru, que detêm direito de uso do nome, mas desde o final de 2018 continua anunciando adiamento das entregas de aeronaves, cancelamento de encomendas para novos aviões, e reduzindo o número de voos.

Anteriormente a companhia disse que está passando por um sério plano de transformação para melhorar a lucratividade, cancelando várias rotas domésticas e internacionais. A Avianca também declarou que está trabalhando para padronizar sua frota, e diminuir custos.

Via – FlightGlobal (Com alterações por Aeroflap)