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<p style=#Paris Airshow 2019

Os primeiros dias do Paris Airshow é importante pois várias autoridades, chefes de empresas do setor aeroespacial estão na feira fechando a acordo e conhecendo as futuras novidades do mercado da aviação, seja ele civil ou militar.  Mas as vezes certas visitas podem conter um tom um pouco diferente ao da feira. Foi o caso da visita da subsecretária de defesa para aquisição e sustentação, Ellen Lord, que disse que pretende fazer reuniões bilaterais com representantes de sete nações europeias diferentes, além de várias empresas europeias, para ressaltar as preocupações dos EUA sobre o Fundo Europeu de Defesa (FED) da UE e a Cooperação Estrutural Permanente (CEP).

“Os EUA estão muito preocupados com as provisões da EDF e da PESCO que limitam os EUA e outros terceiros fora da UE em termos de participação em programas em andamento. Queremos ter certeza de que somos interoperáveis ​​com nossos parceiros e aliados. Trabalhar em conjunto é de importância crítica”, diz Lord. "Neste momento, as empresas europeias desfrutam de uma enorme quantidade de negócios nos EUA e queremos garantir que as empresas dos EUA tenham a mesma oportunidade."

[caption id="attachment_41053" align="aligncenter" width="800"] F-35A Lightning II da USAF[/caption]

Essa investida dos EUA é uma preocupação deles também em ganhar o mercado de defesa na região, exemplo disso é o F-35 que a cada dia ganha mais espaço em nível global com várias nações interessadas em ter o caça de 5º geração e fazer parte de seu programa. E essa questão incomoda alguns é o caso da Airbus Defence and Space que tem um acordo com a francesa Dassault para a projeção de um futuro caça steatlh, o FCAS, caça que poderá ser usado pela Alemanha e outras nações. A Alemanha ao mesmo tempo está olhando com bons olhos o F-35, que é "uma ameaça" ao Programa FCAS, disse o CEO da Airbus Defence and Space, Dirk Hoke.

“Se a Alemanha comprar [o F-35], a cooperação francesa e alemã fracassará. Acreditamos firmemente que não é uma escolha para a Alemanha”, completa Hoke.

Ontem foi assinado um acordo entre representantes da Airbus e da Dassault e com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron que coloca em pauta o futuro do caça FCAS em parceria com as duas empresas.

[caption id="attachment_62822" align="aligncenter" width="800"] FCAS (Airbus e Dassault- Foto: BillyPix[/caption]

 

O envolvimento dos EUA diretamente com os futuros projetos do Tempest (futuro caça do Reino Unido) e o FCAS é pequeno. Os EUA apresentam uma ameaça via concorrência e ambas empresa deverão "batalhar" para atrair seus clientes.

Lord diz que não planeja ter nenhuma conversa sobre FCAS ou Tempest (futuro caça do Reino Unido) com a França, a Alemanha ou o Reino Unido. "Eu ainda não tive nenhuma conversa nesta semana sobre isso", diz ela. "Isso não está na minha agenda agora", conclui.

 

Projeto do caça futuro do Teino Unido, Tempest- Foto - Peter Nicholls/Reuters

De qualquer maneira fica claro que os EUA querem estar próximo dos europeus para acordos futuros e também para ver os acordos que os países membros da União Europeia fazem, o que pode servir de estratégia aos norte-americanos.

Fonte de apoio: Flight Global / Edição: Aeroflap

 
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EUA querem maior presença dentro da área do setor estratégico de defesa da União Europeia

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