Três “Rs”: O plano de reestruturação e recuperação da Qantas

Como virou quase que um “costume” entre as companhias aéreas nessa crise atual, cada uma está buscando uma forma de combater a crise sem causar danos futuros às operações. 

Dentro dessa operação radical está a readequação da frota, corte profundo no quadro de funcionários e readequação da malha. Os três Rs são colocados como: redimensionamento, reestruturação e recapitalização.

É o que a Qantas deseja com esse plano a longo prazo e profundo, a medida que as fases serão implementadas a empresa espera um retorno financeiro em seu fluxo de caixa com as operações atuais.

As fases do plano estão também alinhadas ao aumento das operações conforme a demanda reaja. O plano visa benefícios de US$ 15 bilhões em três anos, em linha com a operação de voo reduzida, incluindo economia de consumo de combustível e entrega de US$ 1 bilhão por ano em economia contínua de custos do EF23 por meio de melhorias de produtividade em todo o Grupo. 

O custo de implementação do plano é estimado em US$ 1 bilhão, sendo a maior parte disso realizada durante o EF21. 

As principais ações do plano incluem:

  • Reduzir a força de trabalho. Pelo menos 6000 funcionários serão demitidos ou vão entrar em licença temporária.
  • O afastamento de 15000 funcionários, principalmente aqueles associados às operações internacionais.
  • Aposentadoria de todos os aviões Boeing 747 restantes da Qantas, no caso 6 aeronaves, de forma imediata, seis meses antes do previsto.
  • Estacionar até 100 aeronaves por até 12 meses (algumas por mais tempo), incluindo a maior parte da frota de voos internacionais. Espera-se que a maioria volte ao serviço, mas algumas aeronaves arrendadas poderão ser devolvidas no vencimento do contrato.
  • Adiar entregas dos novos A321neo e 787-9 Dreamliner.

Dos 29000 funcionários do grupo, espera-se que cerca de 8000 retornem ao trabalho até o final de julho deste ano. A previsão é que a força de trabalho aumentará para cerca de 15000 funcionários até o final do ano de 2020, de acordo com a abertura do voo doméstico e aumentará ainda mais durante 2021 e 2022, à medida que a rede internacional retornar, atingindo 21000 funcionários ativos em junho de 2022.

As restrições serão reduzidas, afim de propor um gerenciamento do excedente de 6000 funcionários, com o excedente temporário de cerca de 15000 gerenciados por meio de licenças, férias anuais e férias sem remuneração.

O quadro aumenta à medida que as restrições de viagem diminuem e os retornos são significativos. Isso permite ao Grupo Qantas preservar o maior número possível de trabalhos a longo prazo, de acordo com a nota da companhia, e responder mais rapidamente se a demanda aumentar além do previsto.

O Grupo Qantas irá realizar uma consulta com os sindicatos para debater sobre os empregos cortados e seus direitos. A estimativa de corte se dá em pelo menos 1450 nas funções administrativas, pelo menos 1500 equipe de solo, pelo menos 1050 tripulantes de cabine e 220 pilotos, principalmente devido a aposentadoria do Boeing 747.

Mais 6900 tripulantes de cabine serão demitidos a partir de julho de 2020, pelo menos 630 engenheiros e contando também com a redistribuição dos funcionários da Jetstar e outros 2900 pilotos ficarão fora de suas funções ​​a partir de julho de 2020.

A companhia está sendo duramente impactada por regulamentos locais que proíbem viagens e fecham a fronteira da Austrália, devido à pandemia do vírus COVID-19.

 

 

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