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Tripulantes da Avianca Brasil decidem continuar com greve

Em assembleia realizada nesta sexta-feira (17/05), em São Paulo, tripulantes da Avianca deliberaram por manter a greve, com a suspensão de todas as decolagens de voos nos aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), por tempo indeterminado. O movimento paredista teve início às 06h00 desta sexta.

Não haverá manifestações coletivas nos aeroportos durante o fim de semana, mas o SNA convocou todos os tripulantes para comparecerem a Congonhas e Santos Dumont na segunda-feira, às 6h, para novamente realizarem manifestação pacífica.

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) concedeu uma liminar na quinta em favor da Avianca que exige a manutenção 60% dos tripulantes disponíveis durante o período de greve, já que trata-se de serviço essencial.

No entanto, a categoria defende que o serviço de transporte aéreo de passageiros está sendo prestado pelas companhias congêneres, especialmente Gol, Latam e Azul, haja vista a drástica diminuição da malha da Avianca nos últimos meses.

A paralisação dos voos da Avianca corresponde à suspensão de uma parcela ínfima da oferta do mercado.

A empresa possui apenas seis aeronaves em operação hoje em todo o país, sendo que as três principais concorrentes possuem, em conjunto, mais de 400 aeronaves —ou seja, a frota da Avianca representa pouco mais de 1% do total.

Desta forma, a exigência da manutenção do serviço essencial à sociedade está atendida e a paralisação unicamente dos empregados da Avianca não tem, portanto, a capacidade de prejudicar a sociedade.

Além disso, a categoria referendou de forma unanime que o SNA não tem condições de verificar o contingente dos tripulantes, pois não tem acesso à malha de voos da empresa e da escala dos pilotos e comissários.

O SNA ressaltou em nota que, ainda que a greve tenha sido deflagrada devido ao atraso no pagamento de salários e outras verbas trabalhistas, a segurança de voo é o ponto mais importante neste momento.

A própria ministra Dora Maria da Costa ponderou, na decisão da liminar, que estes aspectos “acarretam mudanças das condições emocionais dos pilotos das aeronaves, levando ao comprometimento da segurança dos voos”.

 

Via – Sindicato dos Aeronautas

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: avianca, Avianca Brasil, crise