Tripulantes da Avianca Brasil suspendem greve por tempo indeterminado

Avianca Brasil
Aeronave da Avianca Brasil no Aeroporto de Guarulhos.

Os tripulantes da Avianca Brasil suspenderam na tarde deste domingo (19/05) a greve que perdurava desde as primeiras horas de sexta-feira (17/05), por um período indeterminado.

A greve está suspensa pelo menos até a próxima assembleia, de acordo com o Sindicato dos Aeronauta (SNA). Uma reunião será realizada na manhã desta segunda-feira (20/05) na sede do sindicato, onde uma assistência será prestada aos tripulantes, que estão sem receber seus salários e vencimentos.

A greve levou ao cancelamento de 31 dos 42 voos que a companhia deveria operar nesta sexta-feira, e neste último sábado inviabilizou as operações de outros voos da empresa, complicando ainda mais a situação da companhia aérea que está perto da falência.

O Sindicato reforçou em nota aos tripulantes para que eles continuem a cumprir fielmente o MGO (Manual Geral de Operações) da empresa, que determina que não podem atuar ou tentar atuar como tripulantes aqueles que estiverem sob efeito de fadiga e estresse. Isso garante a segurança de voo.

Os tripulantes que não se encontrarem em condições emocionais adequadas para desempenharem suas funções em voos, por decisão individual, devem comunicar por e-mail o não comparecimento ao trabalho com base no MGO.

Na última semana a Avianca Brasil demitiu aproximadamente 900 tripulantes, de acordo com a companhia para adequar seu quadro de funcionários após a devolução de 30 aeronaves.

 

Proposta da Azul

Há uma expectativa para que a Avianca Brasil divulgue nesta segunda-feira (20/05) sua resposta sobre a proposta da Azul, realizada na semana passada.

A nova proposta da Azul é constituída por uma Unidade Produtiva Isolada (“Nova UPI”), contemplando certos horários de chegada e partida operados pela Avianca Brasil, incluindo os da Ponte Aérea Rio-SP, pelo valor mínimo de US$ 145 milhões.

Em nota a Azul disse acreditar que o pedido formulado ao Juízo da RJ para alienação judicial da Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, uso continuado de bens e preservação de atividades que atualmente correm grave risco de paralisação e perecimento à luz da rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos.

Este pedido não invalida o procedimento de alienação judicial das 7 (sete) unidades produtivas isoladas, na forma do leilão estabelecido no Plano de Recuperação Judicial da Avianca Brasil.

Os atuais funcionários da Avianca Brasil demonstraram apoio a essa proposta.

 

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