Em votação on-line realizada nos dias 1º e 2 de outubro, os tripulantes da LATAM Brasil deliberaram por autorizar que a diretoria do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) negocie com a empresa mudanças permanentes no modelo de remuneração.
A redução permanente dos salários foi amplamente discutida durante a crise, onde a LATAM demitiu mais de 2700 tripulantes, fora os funcionários de solo. De acordo com o CEO da empresa, Jerome Cadier, algumas mudanças precisaram ser permanentes, para garantir a continuidade das operações da LATAM.
O impasse na redução dos salários levou à demissão de centenas de tripulantes, de acordo com a LATAM, a forma encontrada para preservar o máximo de caixa.
Por outro lado a Azul e a GOL negociaram com os tripulantes uma redução temporária dos salários, normalizando os vencimentos a partir do final de 2021. Nas duas companhias a proposta foi aprovada com ampla aceitação, e evitou demissões em massa.
Na votação do SNA, os tripulantes votaram da seguinte forma:
- Comandantes: 65,5% a favor e 34,5% contra.
- Copilotos: 65,4% a favor e 34,6% contra.
- Comissários: 55,7% a favor e 44,3% contra.
Diante deste resultado, o SNA irá apresentar a resposta da categoria para o TST (Tribunal Superior do Trabalho), mediador da negociação com a LATAM, que encaminhará os próximos passos.
De acordo com alguns tripulantes da LATAM, quando questionados por editores do Portal Aeroflap, o novo salário base pode ser nivelado com o da GOL Linhas Aéreas. Por ser uma das mais antigas, a LATAM afirmou que pagava os maiores salários da categoria, e isso não poderia ser sustentável no médio e longo prazo após essa crise.
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