A Força Aérea da Ucrânia (UAF) afirma que a Rússia voltou a empregar o míssil hipersônico Kh-47 Kinhzal contra instalações militares “importantes”. O mais recente ataque com o avançado armamento foi registrado no domingo (07) na região de Vinnytsia, a cerca de 360 km da capital Kiev.
A UAF relatou o uso do míssil russo na segunda-feira, através de uma publicação no Facebook intitulada “Vinnytsia atingida com Kinzhal”. Na postagem, o Comando da Força Aérea diz que “Em 7 de agosto, os ocupantes russos usaram mísseis hipersônicos Kh-47M2 “Kinzhal” contra instalações militares na região de Vinnytsia.”
https://www.facebook.com/kpszsu/posts/pfbid032chGy1xsjEUfG4BffBz3F34VvQCHrUVR4wzdpAi4bu31vsDFeuc3hNVBDXWzjot1l
A UAF ainda aponta que, pelas “características táticas e técnicas deste míssil [impedem que] os meios de defesa aérea existentes nas Forças Armadas da Ucrânia o detectem e destruam efetivamente.”
O primeiro relato de uso do Kh-47 (também chamado de X-47) veio em 19 de março através do Ministério da Defesa da Rússia. Na época, a pasta alegou ter atacado um “grande armazém subterrâneo de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas na vila de Delyatyn”, nos arredores da cidade de Ivano-Frankovsk, oeste do país.
A Rússia também teria usado o Kinzhal dois dias depois, em um ataque ao depósito de combustível localizado nas proximidades do porto de Mykolaiv, no Mar Negro.
Embora seja uma arma bastante avançada, a UAF diz que “Desde 24 de fevereiro de 2022, apenas algumas aplicações de combate de mísseis desse tipo foram registradas”. A Ucrânia também afirma que os russos estão “tentando usar em alvos extremamente importantes.”
O Kh-47 é o primeiro míssil hipersônico a entrar em operação regular, seguido pelos modelos chineses. O artefato foi desenvolvido com base no míssil balístico de curto alcance (SRBM) 9K720 Iskander, recebendo as modificações necessárias para ser lançado de aeronaves MiG-31K, Tu-22M e Tu-160.
Sua principal característica é a alta velocidade: segundo a Rússia, o Kh-47M2 pode atingir velocidades superiores a 12.300 km/h. Dessa forma, a detecção e interceptação desse míssil é desafiadora, mesmo para os sistemas de defesa aérea mais atuais.
Atualmente, EUA e China seguem na corrida para desenvolver mísseis hipersônicos de cruzeiro e veículos planadores hipersônicos, mais avançados e letais que o Kinzhal, um míssil balístico.
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