Unidade da GE Aviation no Brasil faz primeira impressão 3D de nylon com fibra de carbono no país

Linha de montagem e desmontagem CF6

A GE Celma, unidade da GE Aviation no Brasil, localizada em Petrópolis (RJ), deu mais um importante passo para o futuro da aviação. Neste mês, iniciou o processo de impressão 3D de nylon reforçado com fibra de carbono para ajudar em diferentes etapas do processo de revisão e manutenção de peças e motores aeronáuticos.

Esta nova tecnologia vai permitir a criação de protótipos funcionais, ferramentas e gabaritos com ainda mais qualidade, resistência e leveza. Além disso, todo o processo será mais ágil, com a otimização de fluxos, e a operação cada vez mais personalizada. Sem contar na economia de materiais e na redução dos custos dos processos, o que poderá gerar uma economia de cerca de R$ 1 milhão por ano.

Presente na GE Celma desde 2015, a manufatura aditiva é utilizada para a produção de dispositivos para mascaramento, jateamento, pintura, aplicação de lubrificantes, gabaritos e ferramental de geometria complexa. A nova impressão de nylon 12CF FDM – um termoplástico com fibras de carbono forte o suficiente para substituir componentes metálicos – possibilitará também a impressão de peças com alta resistência térmica e química.

Foto – GE/Divulgação

“Até o ano passado, utilizávamos o termoplástico ABS como matéria-prima e a aplicação era limitada devido as propriedades do material. Com a aquisição do novo equipamento, ampliamos as oportunidades de uso, uma vez que o nylon reforçado com fibra de carbono possui excelentes propriedades térmicas, químicas e mecânicas”, explica Rodolpho Pereira, engenheiro de reparos e líder de manufatura aditiva da GE na América Latina.

Para se ter uma ideia do cenário da manufatura aditiva na GE Celma, no modo tradicional – sem o uso de uma impressora 3D, o processo envolvendo o desenho e a construção de uma ferramenta leva cerca de 60 dias. Com a manufatura aditiva, é possível reduzir este intervalo para poucos dias. Somente em 2016, a GE Celma gastou cerca de 51 mil horas em processos de mascaramento para atividades de jateamento, plasma e aplicação de lubrificantes. Com a nova tecnologia, a tendência é que esse tempo seja reduzido pela metade.

Para Julio Talon, presidente da GE Celma, além de trazer mais qualidade e produtividade ao negócio, a manufatura aditiva agrega um fator importante para a produção: a versatilidade.

A impressão 3D abre um enorme leque de possibilidades de inovação, o que é essencial para o desenvolvimento de soluções para os nossos clientes. Estima-se que a aplicação desta tecnologia aumente de forma significativa nos próximos cinco anos”, complementa.

Como inovação e inteligência colaborativa andam juntas, o centro de manufatura aditiva da GE Celma foi instalado em uma área de comum acesso a todos os funcionários. “Recebemos até três novas ideias por semana e isto é fundamental para aperfeiçoarmos juntos os processos. E, agora, com o nylon com fibra de carbono, que atenderá mais produtos, a tendência é aumentar ainda mais os insights e o envolvimento de todas as áreas da empresa, dando autonomia e incentivando as ideias de todos”, comemora Rodolpho Pereira. A GE, hoje referência mundial em manufatura aditiva, acredita que o futuro demanda categoricamente estes atributos – novas ideias e tecnologias. Afinal, se dá para imaginar, dá para fazer.

 

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