A United Airlines declarou na tarde desta sexta-feira (17/04) que planeja reduzir a sua força de trabalho, pelo menos a partir do dia 1º de outubro, após passar o plano de resgate do Governo Norte-Americano e a companhia reestruturar a sua malha.

“Tomaremos decisões difíceis quando (…) nossa força de trabalho global for (menor) do que hoje a partir de 1º de outubro”, disseram o CEO da empresa, Oscar Munoz, e Scott Kirby, em uma carta aos funcionários.

“Não haverá férias obrigatórias ou cortes salariais para funcionários nos Estados Unidos antes de 30 de setembro”, disseram eles.

Apesar disso, a United Airlines ainda está cotada para receber cerca de US$ 5 bilhões em ajuda governamental para o pagamento de salários, como citado em uma matéria postada pelo Portal Aeroflap.

Como todas as companhias do setor, a United já espera uma lenta retomada da demanda por viagens, após a passagem do surto de coronavírus, principalmente nos Estados Unidos, país mais afetado pelo vírus.

“A demanda por viagens é próxima de zero e não mostra sinais de melhora no curto prazo”, argumentam Munoz e Kirby, que preveem uma demanda muito fraca em 2020 “e provavelmente no próximo ano”.

A companhia já planeja antecipar a aposentadoria de aeronaves, e reduzir as suas operações. Ao todo, a United Airlines emprega mais de 88 mil pessoas.

Nas próximas semanas, a companhia oferecerá férias voluntárias e programas de aposentadoria voluntária para os quais “mais de 20.000 funcionários já se inscreveram”. Nas duas primeiras semanas de abril, a empresa transportou 200.000 pessoas contra 6 milhões no ano passado no mesmo período.