Novamente uma discussão no fórum do jogo de combate online War Thunder levou ao vazamento de documentos sigilosos. Desta vez a “vítima” foi o caça F-16 Fighting Falcon, uma aeronave que chegou recentemente ao jogo.
É comum que usuários do fórum e demais grupos relacionaos ao jogo usem documentos para validar seus argumentos. Porém, alguns desses materiais ainda estão classificados como secretos, restritos ou sigilosos, o que pode trazer problemas para a empresa russa Gaijin, produtora do jogo.
Foi o que aconteceu ontem (16), em um tópico onde os membros do fórum conversavam sobre o F-16, sua performance e capacidades. Cabe destacar que o F-16, implantado no jogo em sua mais recente atualização Apex Predators, já era bastante esperado pelos jogadores, então o assunto é “quente” entre os usuários do fórum.
No entanto, a postagem do usuário spacenavy90 na madrugada de segunda-feira foi um pouco além. Ao apresentar uma descoberta que ele havia feito sobre o uso do míssil AIM-120 AMRAAM nas primeiras versões do F-16, ele anexou um documento cuja distribuição era limitada ao Pentágono e a exportação era proibida.
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“Algo interessante que descobri durante minha pesquisa. Durante os primeiros testes do AMRAAM, você pode ver como o F-16A equiparia o AIM-120 e usaria o TWS [um modo de operação do radar] no painel de controle “SCP” das estações não MFD”, disse o usuário.
O documento anexado foi rapidamente apagado pelos moderadores. Em seguida outro usuário de nome MiG_23M anexou mais imagens, mostrando que os documentos divulgados pelo colega eram, de fato, restritos.
Este é o último de vários outros episódios em que o fórum de War Thunder serviu como “plataforma” para o vazamento de documentos. A primeira vez aconteceu em 2021, quando um jogador publicou dados sigilosos do tanque de guerra britânico Challenger II. Desde então isso ocorre de forma recorrente. O helicóptero de ataque Eurocopter Tiger, o tanque francês AMX Lecrerc e o chinês Type 99 também foram “vítimas” de vazamentos.
Em resposta ao portal Aerotime, Konstantin Govorun, chefe de relações públicas da Gaijin, disse que o compartilhamento desses materiais é proibido em suas plataformas, e que a empresa tem uma política de não usar os documentos. “A equipe de desenvolvimento nem olha o conteúdo dos documentos, os moderadores apenas verificam se as informações do veículo ou armamento militar em questão ainda são sigilosas ou não”, disse ele.