Vídeo: caça Typhoon executa manobra evasiva para evitar bird strike

Eurofighter Typhoon Bird strike
Caça desviou de pássaros enquanto se aproximava de base aérea.

A colisão com pássaros é um risco para aeronaves praticamente desde que elas existem. O evento, chamado de Bird Strike, é capaz de derrubar desde aviões pequenos como ultraleves e caças a um um grande avião de passageiros, como no caso do voo 1549 que pousou no Rio de Hudson em Nova Iorque. 

Neste vídeo, gravado em 20 de setembro na Base Aérea de Coningdsby, no Reino Unido, é possível ver um caça Eurofighter Typhoon FGR.4 da Força Aérea Real “enfrentando problemas” com a fauna local. 

De acordo com o The Aviationist, o jato de combate estava fazendo toques e arremetidas na pista 25 da base militar. Após executar um circuito bem sucedido, o caça volta para mais uma arremetida. Quando o avião já estava estabelecido na aproximação final, um par de pássaros surgem em frente ao caça. 

O piloto age rapidamente, conduzindo uma manobra evasiva para evitar a colisão com as aves. Ele comanda uma descida da asa esquerda, nivela a aeronave e acelera, arremetendo. Mesmo em uma fase crítica do voo, o ágil e potente caça consegue desviar e seguir para um novo circuito. 

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira, 85% a 90% dos eventos de Bird Strike no Brasil ocorrem quando as aeronaves estão nas fases de voo aproximação (como no vídeo), pouso, decolagem e subida. 

AMX FAB Colisão com pássaro bird strike

Estrago no nariz de um caça-bombardeiro AMX A-1B da FAB depois de colidir com um urubu. Foto: Henrique Rubens Balta de Oliveira via Wikimedia.

Ainda conforme o portal mencionado acima, as colisões com pássaros ainda são relativamente raras na aviação comercial. No entanto, a situação é diferente na aviação civil, que  sofre danos médios de US$ 1,2 bilhão a cada ano.

Para aviões militares, a situação é mais perigosa, especialmente pelo perfil de voo que tende a apresentar aeronaves mais rápidas (diminuindo o tempo de reação) voando mais baixo.

Para aviões monomotores, o risco é ainda mais crítico, como em um matéria mostrada aqui no Aeroflap no mês passado. Na ocasião publicamos um vídeo mostrando a queda de um jato de treinamento T-45 Goshawk da Marinha dos EUA, logo depois de colidir com um pássaro enquanto se aproximava para o pouso. Os dois tripulantes, aluno e instrutor, ejetaram, com o aluno sofrendo ferimentos graves. 

Noutro evento, também no Reino Unido, um jato Hawk T.1 da esquadrilha de demonstração Red Arrows chocou-se com uma ave no meio de uma apresentação pública. A batida foi suficiente para estilhaçar o canopy, forçando o piloto a executar um pouso de emergência. 

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.