A companhia aérea russa Volga-Dnepr Airlines operou pela primeira vez com um cargueiro Ilyushin Il-76 para o novo aeródromo da Estação Progress, uma base da Rússia estabelecida de 1988 na Antártida.
A aeronave partiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, no último dia 07 de novembro, cumprindo uma rota de 5300 km até o novo aeródromo, que tem uma pista de 3000 metros de comprimento e 100 metros de largura, totalmente de gelo. Anteriormente os russos já operaram voos para o local, mas pousando no Zenit Airfield, uma outra pista maior localizada nas proximidades.
Veja como foi a operação no vídeo abaixo:
A Rússia enviou para sua estação 82 pessoas a bordo do IL-76, além de seis toneladas de carga, aproximadamente.
O novo Aeródromo, nomeado como Progress Skiway, será utilizado por outras quatro vezes durante o verão na Antártida. Desde 2015, a Volga-Dnepr Airlines faz parte do programa e realizou mais de 150 voos fretados para a Antártica entregando mais de 1700 toneladas de carga.
A pista de pousos de decolagens na Antártida requer um preparo especial para o uso e desuso
As pistas existentes na Antártida requerem um processo especial de corte a laser para o seu nivelamento. Além disso, ao contrário das pistas convencionais, quando uma pista está em desuso, uma camada de gelo é utilizada como uma espécie de capa protetora para evitar o surgimento de poços de água ou até mesmo rachaduras, evitando o comprometimento das operações futuras.
Caso surja a necessidade de reparos, uma mistura de água fria com lascas de gelo é preparada para o ‘recapeamento’, além do uso de tratores de limpeza para a retirada de camadas de gelo e neve adicionais que possam deixar o local escorregadio. A depender do horário da operação, um Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão (PAPI) é colocado temporariamente momentos antes do pouso, incluindo a iluminação de pista.
Curiosamente, a designação da pista ou rumo magnético (a famosa numeração) muda mais rapidamente na Antártida por conta da posição geográfica pela proximidade do polo sul, com isso, a pista se move alguns metros em questão de meses a depender da geleira onde a pista está localizada.
Nos últimos anos, icônicas aeronaves como o Boeing 767-300, Airbus A340, bem como o novíssimo 737 MAX realizaram operações especiais na Antártida, sendo que tais operações recentes foram realizadas de forma inédita.
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