Viracopos e Polícia Federal realizam simulado de sequestro em aeronave com 40 reféns

Foto - Brenda Bueno/Viracopos

A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos e Polícia Federal realizaram nesta quinta-feira (22/11) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), o Exercício Simulado de Apoderamento Ilícito de Aeronave (ESAIA), exercício obrigatório previsto pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em aeroportos com grande movimentação de passageiros.

Pelo menos 80 pessoas participaram do simulado de sequestro de uma aeronave estacionada em um dos pátios do aeroporto. O princípio básico das ações visou garantir a segurança dos passageiros e da tripulação, além de demais pessoas envolvidas na operação do lado de fora da aeronave.

De acordo com a programação do exercício, três sequestradores armados, sendo dois homens e uma mulher, invadiram o aeroporto e tomaram uma aeronave estacionada no pátio. O voo faria do trajeto entre os aeroportos de Confins (BH) e Porto Alegre, com conexão em Viracopos.

O comandante do avião informou a Torre de Controle às 10h04, que por sua vez comunicou o fato imediatamente à CAMES (Central de Acionamento e Monitoramento Eletrônico de Segurança) de Viracopos.

A CAMES acionou todas as organizações envolvidas. A partir deste momento foi ativado o COE (Centro de Operações de Emergência) e constituídos cinco grupos: de Decisão, Operacional, Tático, de Apoio e Negociador.

Foto – Brenda Bueno/Viracopos

Dentro do COE foi constituído um Centro de Gerenciamento de Crise, que foi coordenado pelo delegado Alex Haiti, da Delegacia da PF em Viracopos. Os Grupos de Decisão e Operacional foram formados por Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Diretoria de Viracopos, ANAC, representantes de companhias aéreas, Anvisa, Receita Federal, Gerência de Segurança, Gerência de Operações e Assessoria de Imprensa de Viracopos.

Ao final do exercício, os sequestradores se entregaram e libertaram os 40 reféns, entres passageiros e tripulantes. Durante o treinamento, foi simulado ainda que um dos passageiros passou mal e precisou de socorro médico, tornando a situação ainda mais realista. O exercício teve duração total de quase três horas e meia. Agora, um relatório será elaborado e ficará à disposição da ANAC. 

O ESAIA 2018 foi planejado e executado pela Assessoria de Gestão de Qualidade e Pesquisa de Mercado de Viracopos, responsável pelo setor de Controle de Qualidade de Segurança da Aviação Civil (CQ-AVSEC).

O diretor de Operações de Viracopos, Marcelo Mota, considerou que o Simulado permitiu analisar os pontos positivos e negativos a serem melhorados pelo aeroporto. “A realização do ESAIA 2018, além de atender aos requisitos da legislação vigente, entre os quais o RBAC nº 111 [Regulamento Brasileiro da Aviação Civil], é de grande importância para a verificação da eficácia dos procedimentos de segurança definidos no Plano de Contingência do aeroporto. Foi um ótimo simulado, comprovando a prontidão operacional de Viracopos em eventos dessa natureza”, disse Mota.

O Diretor da Polícia Federal de Campinas, Paulo Víbrio Júnior, que coordenou toda a operação, destacou a importância do exercício no sentido de testar a organização e comunicação entre diferentes grupos que atuam no aeroporto. “O Simulado foi muito bom para entendermos a dinâmica e ter uma visão realista do que é uma crise. A integração das diferentes áreas foi um destaque positivo”, disse o delegado da PF.

Para o policial federal Alex Haiti, que comandou o Grupo Operacional da ação, o realismo e a complexidade do exercício simulado foram importantes para estabelecer a interação entre as equipes de diferentes órgãos presentes na comunidade aeroportuária.  

 

ESAIA

O objetivo do ESAIA é treinar a organização e garantir a integridade de todos que trabalham ou transitam no ambiente aeroportuário, além de verificar como estão as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita, cometidos no solo ou em voo.

O ESAIA deve ser realizado a cada um ano em aeroportos que atendem 10 milhões de passageiros por ano, e a cada dois anos em aeroportos com fluxo menor de 10 milhões de passageiros. 

O Exercício teve a participação da companhia aérea Azul, que cedeu uma aeronave Embraer 190, e de 40 voluntários das escolas de aviação Pro Flight e Edapa, que participaram como passageiros do voo.

 

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