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Voo da Ryanair é desviado ilegalmente para Belarus, opositor do presidente é preso no desembarque

Ryanair Boeing 737 Bielorrússia

A aviação comercial sido afetada por alguns conflitos políticos na Europa e no Oriente Médio, o mais recente aconteceu em um voo da Ryanair de Atenas na Grécia para Vilnius na Lituânia.

O Boeing 737-800 de matrícula SP-RSM cumpria o voo 4978 sobrevoando o espaço aéreo da Belarus a uma altitude de 39 mil pés. Se aproximando de Vilnius, o Boeing da Ryanair foi interceptado por caças da Bielorrússia, obrigando a aeronave a desviar para Minsk.

Após o pouso da aeronave em segurança, policiais entraram na aeronave para prender um ativista opositor ao governo de Alexander Lukashenko na Belarus. Roman Protasevich é um jornalista de 26 anos que foi acusado de organizar manifestações contra Alexander.

De forma oficial, a Bielorrússia disse que a aeronave foi desviada pois havia suspeita de explosivos a bordo. Ainda segundo a declaração, todos os passageiros seguiram viagem em segurança até o seu destino final.

Fonte: FlightRadar24

A oposição da Belarus informou que além do jornalista preso, sua noiva e mais quatro russos também foram detidos. Em uma entrevista, o CEO da Ryanair disse que um grupo de agentes estava a bordo observando o grupo de opositores. O executivo descreveu a situação como um “sequestro executado por um Estado”. 

“Acho que foi assustador para os tripulantes e para os passageiros que foram vigiados por guardas armados e tiveram sua bagagem revistada e aparentemente a intenção era tirar um jornalista e seu companheiro de viagem”, disse Michael O’Leary. 

O Ministério das Relações Exteriores da Grécia condenou o acontecido e classificou o ocorrido como sequestro de estado. 

“Condenamos a prisão ilegal do ativista bielorrusso Roman Protasevich, que está ameaçado de pena de morte. O Sr. Protasevich fazia parte de uma delegação chefiada pela líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya, que recentemente compareceu ao Fórum Delphi.” 

O primeiro-ministro da Lituânia também condenou o ocorrido com o voo da Ryanair: “O que aconteceu hoje é um ataque não apenas à Lituânia. Este é o ato de terrorismo de Estado dirigido contra a segurança dos cidadãos da UE e de outros países.”

O Boeing 737-800 da Ryanair seguiu viagem mais de 8 horas depois, até o momento não houve confirmação da companhia aérea e também não houve uma posição oficial da Lituânia sobre quantos passageiros chegaram ao destino final de fato. Segundo a Grécia, foram embarcados 171 passageiros a partir de Atenas. 

 

Fontes: G1, The Aviation Herald e Reuters

 

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