A EasyJet tem enfrentado problemas com seus passageiros devido a grande quantidade de voos cancelados para as próximas semanas. O maior motivo dos cancelamentos são a falta de funcionários para aeroportos e operações de solo.
Para evitar um colapso ainda maior, a companhia de baixo custo cancelou alguns voos programados para o mês de julho e vai realocar os passageiros em outros voos.
Para Johan Lundgren CEO da EasyJet, o principal motivo pela falta de funcionários é em razão da saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brext. Segundo o executivo a companhia aérea teve de negar empregos para 40% de cidadãos da União Europeia.
Esses cidadãos não possuem permissão para trabalhar no Reino Unido, ao todo foram cerca de 8 mil pessoas que não conseguiram trabalho na EasyJet.
“O número de pessoas é menor, é apenas matemática. Tivemos que recusar um grande número de cidadãos da UE por causa do Brexit. Antes da pandemia, teríamos recusado 2-2,5% por causa de questões de nacionalidade. Agora são 35-40 %”, disse Johan Lundgren.
Por outro lado, o ministro da aviação do Reino Unido Robert Courts, disse que o Brext não tem quase nenhuma influência sobre a falta de funcionários.
“Nas evidências que temos, parece que o Brexit tem pouco ou nada a ver com isso”, afirma o ministro.
Desde meados de 2019, qualquer pessoa que desejar trabalhar no Reino Unido terá de fazer uma solicitação formal para ter o Visto de Trabalho Qualificado.
Além do executivo da EasyJet, o CEO da Ryanair Michael O’Leary, também fez criticas ao Brext e disse que “tem sido uma bagunça”.
Falta de funcionários causa cancelamentos
A EasyJet deverá cancelar por dia pelo menos 40 voos em decorrência da falta de funcionários. Os cancelamentos antecipados são para que a empresa possa readequar a malha e evitar que outros voos sejam cancelados em cima da hora.
Dessa maneira, a companhia de baixo custo consegue remanejar passageiros em outros voos com a certeza que o voo será operado. Ao todo, a empresa deverá cancelar 1.700 voos somente no mês de junho.
A falta de funcionários para os aeroportos foi um problema gerado após a demissão de milhares de trabalhadores em razão da pandemia de Covid-19. A demanda tem superado os números anteriormente previstos, e por isso as empresas não estão preparadas.
Além da EasyJet, companhias como a Lufthansa e KLM também estão enfrentando problemas e buscando adequar suas malhas para evitar maiores transtornos aos passageiros com viagens programadas.
Com informações da Simple Flying
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