Advertisement

Apesar de cancelamento em massa de voos, Ryanair fecha 2017 com lucro líquido de US$ 1,71 bilhão

Companhias aéreas União Europeia bagagem de mão

A Ryanair apresentou nesta semana os seus resultados do seu ano fiscal de 2017 a 2018, que engloba os meses de março de 2017 até março deste ano.

Nesse ano fiscal a companhia transportou incríveis 130 milhões de passageiros, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. A taxa de ocupação dos voos foi de 95%, indicando que a companhia evita perder dinheiro voando com assentos vazios.

O crescimento da receita foi de 8% nesse período, acompanhando a alta de passageiros mesmo com a queda do preço médio das tarifas em 3%, registrando uma média de US$ 46,39. A receita total foi de US$ 8,47 bilhões.

O crescimento da receita foi devido às taxas extras, que agora representam 28% do faturamento da companhia. No site ela cobra por marcar assento, prioridade de embarque, despacho de bagagem, check-in presencial e até aluga carros em parceria com empresas da União Europeia.

Vale ressaltar que nesse mesmo período a companhia elevou bastante seus custos com frota, visto que recebeu 50 novos aviões Boeing 737-800, boa parte deles para substituir aeronaves antigas, mas também para atingir a marca de 430 aviões em operação.

Para finalizar o lucro foi de US$ 1,71 bilhões, que foi ligeiramente afetado pelo cancelamento de 18 mil voos em 2017, devido aos problemas da companhia com a escala de pilotos. O crescimento do lucro foi de 10% no ano fiscal de 2017-2018.

 

Planos para 2018

Para a Ryanair o primeiro passo em 2018 será resolver seu problema com pilotos. Explicamos melhor, ano passado a Ryanair precisou cancelar 18000 voos devido a um problema no gerenciamento das férias dos seus pilotos, na época a companhia negou que tinha um quadro de funcionários inadequado ao número de voos, mas agora fala em treinar mais pilotos.

Os cancelamentos causaram um grande prejuízo financeiro para a Ryanair, além de manchar a sua imagem ao deixar vários passageiros sem outra opção de voo na companhia.

De acordo com O’ Leary, a Ryanair contratou 1,3 mil novos pilotos desde março de 2017, e os últimos ainda estão treinando, estarão habilitados até abril para o período de alta temporada (e demanda) na Europa.

Até o final de 2018 a Ryanair contratará mais 900 pilotos.

A companhia também está negociando com vários sindicatos de pilotos da Europa, para evitar novas greves e interrupções. Aqui não é a pauta financeira, mas a Ryanair também quer evitar um aumento excessivo dos salários.

O’ Larry também disse que está quase finalizando um sistema para integrar as operações da Ryanair com a Aer Lingus. “Esperamos que possamos corrigir todas as questões de TI ao longo dos próximos meses”.

 

Financeiro

Para comercializar passagens a preços baixíssimos a Ryanair busca outras alternativas de aumentar sua receita, e cobrir o custo em ser uma grande Low Cost.

A companhia planeja continuar expandindo outros serviços, como o ‘Ryanair Rooms’, que estreou recentemente e já está sendo utilizado por uma pequena parcela (de 2%) dos clientes da companhia. O incentivo é um crédito de 10% para usar em voos da Ryanair, com base no preço da reserva do hotel ou quarto escolhido.

A Ryanair também deverá comprar de seis a sete novos simuladores, como dito acima, para treinar novos tripulantes. O gasto será por volta de US$ 50 milhões, mas o investimento compensa, esse tipo de equipamento dura muitos anos, e também evitará o problema já citado sobre os voos cancelados.

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.