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Marinha decide desativar o NAe A-12 São Paulo

Um dos grandes ícones do setor de defesa do Brasil, será “aposentado”, esse é o Nae A-12, o porta-aviões São Paulo. O navio aeródromo foi comprado por US$ 12 milhões da França em 2000, antes de servir a Marinha Brasileira ele era o Foch R-99, chegando a participar de conflitos dos Balcãs.

Chegando a Força Naval Brasileira no ano de 2001, as operações com o navio aeródromo se mantiveram em ritmo normal principalmente no inicio de sua passagem pela Marinha do Brasil. Porém no ano de 2004 um duto de rede a vapor explodiu, matando três marinheiros e deixando outros sete feridos.

De acordo com o Estadão, que informou sobre a decisão da Marinha em desmobilizar o porta aviões, tanto o ministro da defesa Raul Jungmann, e o presidente Michel Temer já estão cientes da decisão. O motivo da desativação do A-12 está relacionado aos altos custos exigidos para uma boa reforma, cerca de R$ 1 bilhão, custos que envolvem um lugar adequado para a docagem e manutenção do navio, pessoal, empresas, dentre outros fatores.

Foto – Reproduçao/Marinha do Brasil

Em um levantamento feito o valor para a modernização do A-12 chega a um bilhão de reais, com isso analisando esse valor a Marinha do Brasil desistiu encerrar as atividades com o NAe São Paulo, o navio já estava parado nas instalações da Marinha no Rio de Janeiro. Ainda não se sabe o que será feito com o porta aviões, o tempo para a desmobilização deve durar até o ano de 2020.

O navio aeródromo Nae São Paulo tem 265 metros de comprimento e tem um peso de 32,8 mil toneladas, conta com uma tripulação 1920 pessoas, ao todo desde a época que operou na França o NAe tem em média 56 anos de serviço, dos quais no Brasil tinha como principal plataforma de defesa os McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, aeronave de caça adquirida para operar a bordo do porta-aviões.

Paralelamente ao porta-aviões a Marinha do Brasil está com projetos em andamento, possivelmente o mais importantes deles é construção de uma base para submarinos, incluindo um de propulsão nuclear em parceria com a França. Outra questão que será mantida é a modernização dos A4 SkyHawk pela Embraer, a Marinha continuará a operar as aeronaves a partir da Base Naval de São Pedro da Aldeia-RJ.

Ainda de acordo com informações, é esperado um projeto para a construção de um porta aviões com tecnologia nacional, sendo esse equipados com aviões de ataque brasileiros, mas nada confirmado até o momento pela MB.

 

A importância de um Porta Aviões para uma nação

Quando o Brasil adquiriu o NAe A-12 São Paulo, o país entrou para um seleto grupo que tem porta-aviões, o grupo consiste de grandes forças como os EUA, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, dentre outros. Na América do Sul e Latina era o único país com uma força naval equipada com um navio aeródromo.

Mas, qual a importância de um porta aviões?

Bem antes deles, para chegar em um território inimigo era bem mais complicado se seu adversário fosse do outro lado do Atlântico. O porta-aviões facilita essa missão com a capacidade ser um navio com pista de decolagem adequada, além de catapultas para operar aeronaves de caça, o São Paulo também poderia transportar helicópteros e pequenos aviões de reconhecimento de solo.

Na medida que as nações foram ficando maiores os porta-aviões também foram crescendo, um exemplo simples é olhar a esquadra de porta-aviões da U.S. Navy, os porta aviões da classe Nimtz podem neutralizar uma força inimiga com somente 40 aeronaves a bordo.

No Brasil o porta-aviões ajudava o país a ganhar destaque em missões humanitárias e de segurança da ONU, mesmo que a capacidade bélica não seja tão elevada. A Marinha justificava a permanência do São Paulo para a vigilância dos poços de petróleo do país, a maioria se localiza no mar.

 

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