Os recentes desenvolvimentos nas negociações entre Rússia e Ucrânia podem indicar a aproximação de um cessar fogo.
Após mais uma rodada de conversas entre as delegações em Istanbul nesta terça-feira (29), a Ucrânia propôs a adoção da neutralidade, enquanto o Ministério da Defesa russo disse que vai diminuir radicalmente os ataques em Kiev e Chernihiv, no norte do país invadido.
Em paralelo, autoridades russas ainda reforçam que esse movimento não é um cessar-fogo, mas indica que a Rússia está mais aberta às opções para encerrar o conflito, que já ultrapassa os 30 dias.
Vladimir Medinksi, líder da delegação russa na Turquia, disse que as conversas desta manhã foram “significativas”. Medinksi também disse que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky poderia se encontrar com sua contraparte russa, Vladimir Putin.
“Depois de discussões significativas hoje, concordamos e propusemos uma solução, segundo a qual a reunião dos chefes de Estado é possível simultaneamente com a assinatura do tratado pelos chanceleres”, afirmou Medinksi.
“Desde que o acordo seja elaborado rapidamente e o compromisso necessário seja encontrado, a possibilidade de fazer a paz estará muito mais próxima”, concluiu.
Por outro lado, os negociadores ucranianos exigiram garantias de segurança à Rússia.
“As conversas focam em questões importantes. Uma delas são as garantias internacionais de segurança para a Ucrânia e a segunda é o cessar-fogo para que possamos resolver problemas humanitários que se acumularam no país”, afirmou Mykhailo Podolyak, conselheiro político do governo ucraniano. “Com esse acordo seremos capazes de dar um fim à guerra”.
Segundo fontes do Financial Times, a Rússia também deixou de exigir a “desnazificação e desmilitarização” da Ucrânia como parte das negociações de cessar-fogo. O Kremlin também estaria disposto a permitir que Kiev se junte à União Europeia, desde que não se alie à OTAN. A não-adesão à aliança militar liderada pelos EUA é o status de neutralidade proposto pelo governo ucraniano.
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