Com mais de um ano desde o início da Guerra na Ucrânia, a Rússia vem enfrentando sanções ocidentais que afetaram diversas cadeias econômicas, em especial, o da aviação civil. Como resultado, há escassez de peças de manutenção, bem como a interrupção de aquisição e leasing de novas aeronaves. 

 

Diante do fato considerável caótico, há também a acusação de que a Aeroflot e demais empresas russas estão mudando as suas políticas securitárias, para que os funcionários deixem de informar problemas técnicos das aeronaves em operação, segundo as informações do site russo de jornalismo independente Proekt. 

 

Com isso, os problemas em aeronaves não são mais registrados no diário de bordo. Recentemente, um comissário da Aeroflot reportou que para o Proekt que um voo de Moscou para os Emirados Árabes prosseguiu sem o conjunto de cilindro de oxigênio a bordo, conforme relatado no Aerotime. 

 

A medida levantou preocupações sobre a segurança e a transparência da empresa aérea, já que os comissários e tripulantes são os responsáveis por relatar problemas técnicos para garantir a manutenção adequada das aeronaves.

 

“Qualquer mau funcionamento pode levar a uma tragédia, mas agora eles começaram a fechar os olhos para algumas das violações”, disse um ex-comissário Aeroflot em entrevista ao Proekt.

 

Essa decisão da Aeroflot gerou críticas e questionamentos sobre a política de segurança da empresa. A prática de registrar problemas técnicos e panes é fundamental para garantir a segurança dos passageiros e das tripulações, permitindo que os problemas sejam identificados e solucionados antes que se tornarem graves.

 

Incluindo a Aeroflot, há relatos da mesma prática pela também russa Nordwind, quando um ex-piloto da companhia relatou para a Proekt em janeiro deste ano que foi obrigado a seguir voo em um Boeing 737 com passageiros a bordo mesmo com um vazamento de combustível.