Após 13 anos da queda de um Airbus A330-200 da Air France que realizava o voo AF447 entre o Rio de Janeiro (GIG) e Paris (CDG) ter caído no atlântico, o tribunal de Paris irá julgar as duas empresas na próxima semana em um dos acidentes mais enigmáticos da históriaj da aviação.
Segundo informações da Reuters, a audiência do julgamento poderá durar até 9 semanas, sendo que a multa máxima, caso a Airbus e a Air France sejam condenadas em homicídio-culposo (quando não há a intenção de matar), será de US $220.612 (cerca de R$ 1.152.499), valores que se juntarão a outras indenizações já pagas aos familiares das vítimas.
Para quem não se lembra, no dia 1 de junho de 2009, o avião da Air France caiu no oceano após entrar em estol e despencar de uma altitude de 38.000 pés durante uma tempestade. Apesar do pleno funcionamento dos motores, as asas perderam a sustentação, ocasionando o acidente. Todas as 228 pessoas a bordo morreram.
No final, a culpa foi atribuída totalmente aos pilotos, com alerta para a Air France sobre o treinamento dos seus tripulantes, e para a Airbus sobre a questão das velocidades, mas sem maiores consequências para as duas empresas.
Curiosamente, as caixas pretas do Airbus foram encontradas somente dois anos após a tragédia, onde se descobriu que os pilotos manipularam de forma equivocada a reação do avião após a perda de dados por conta dos sensores externos congelados.
Especialistas próximos ao assunto dizem que o julgamento, marcado na próxima segunda-feira (10), avaliam que os valores estipulados das indenizações são extremamente baixos. Desta forma, com a abertura do processo criminal, o desfecho do acidente com o voo AF447 pode ser diferente, com consequências graves para as duas empresas envolvidas.
Por fim, o acidente do voo AF447 serviu para mudar a filosofia não só do treinamento dos pilotos e tripulação, bem como a maneira de lidar com a tecnologia das aeronaves que também são passíveis de falhas, principalmente no momento da perda do controle da aeronave.
Com informações: Reuters
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